Desenvolver e avaliar lipossomas contendo Levobupivacaína (75S: 25R) em termogéis visando obter efeito prolongado da anestesia local no tratamento de dor pós-cirúrgica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: ANDRADE, Ana Rosa Brissant de
Orientador(a): SANTANA, Davi Pereira de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Ciencias Farmaceuticas
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/36866
Resumo: A dor é um fenômeno que afeta a maioria da população, atingindo principalmente indivíduos pós-cirurgiados e por isso, no alívio da dor pós-operatória, a analgesia deve ser usada adequadamente. Neste contexto, a Bupivacaína é uma droga amplamente utilizada, promovendo efeitos duradouros. No entanto, a cardiotoxicidade e a neurotoxicidade são desvantagens relacionadas ao seu uso repetido e por isso, foi desenvolvida a Novabupi®, uma mistura contendo excesso enantiomérico da porção levógira que apresenta efeitos de toxicidade reduzidos. Buscando racionalizar o seu uso mediante prolongamento da duração de efeito, e diminuição de aplicações, o objetivo deste trabalho foi desenvolver e avaliar lipossomas contendo o Cloridrato de Levobupivacaína em excesso enântiomético de 50%, seguido da incorporação em termogeis desenvolvidos anteriormente no nosso grupo de pesquisa. Os lipossomas foram preparados usando o método de hidratação lipídica fina e seca seguido de sonicação. Inicialmente, diferentes lotes de lipossomas carregados com LBPV, com diferentes concentrações lipídicas (de 42 a 240 mM) e variando a concentração de fármaco (2 a 5 mg / mL), para obter uma formulação estável contendo a maior quantidade de fármaco. As formulações desenvolvidas foram caracterizadas em termos de tamanho de partícula, índice de polidispersividade (PDI), potencial zeta. A eficiência de encapsulação do fármaco em lipossomas foi determinada por ultracentrifugação/ultrafiltração. Todas as formulações permaneceram estáveis por 30 dias, exceto lipossomas preparados a 42 mM. O tamanho de partícula variou de 334,8 ± 4,17 a 414,33 ± 5,9nm e o índice de polidispersão foi menor que 0,5, sugerindo que este sistema é homogêneo. Apresentaram carga de superfície neutra e a taxa de eficiência do fármaco próxima a 80%. O Lipossoma foi selecionado e incorporado no termogel, onde foram analisados outros parâmetros de formulação entre eles pH, temperatura de transição de fase, teor, biocompatibilidade, potencial irritante e perfil de permeação. Termogel contendo lipossomas carregados com LBPV foram desenvolvidos com sucesso, sendo uma formulação promissora para futuros testes de efetividade in vivo.