Do truque à imersão: o uso do 3D em Disque M para matar (1954) e Gravidade (2013)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: DURAND, Priscila Barbosa
Orientador(a): CARREIRO, Rodrigo Octávio D’Azevedo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Comunicacao
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/31724
Resumo: O presente trabalho percorre a história do cinema 3D estereoscópico em seus aspectos técnicos, estéticos e tecnológicos. A partir da construção desse contexto, e através de um recorte temporal, buscou-se compreender o que mudou na mise-en-scène dos filmes em 3D estereoscópicos da década de 1950 para a atualidade. Partimos do pressuposto de que o uso do 3D efetivamente mudou muito. Para tal estudo, foi selecionado dois filmes estereoscópicos, sendo um representante de cada período histórico escolhido: Disque M para Matar (1953) e Gravidade (2013). Através de uma análise detalhada, procuramos apontar os principais usos da mise-en-scène de cada filme, bem como investigar minuciosamente os padrões de continuidade e mudança estilística significativos – isto é, compreender como os cineastas empregaram, e ainda empregam, as técnicas estereoscópicas dentro da encenação cinematográfica. Para alcançar o objetivo da pesquisa, o conceito de mise-en-scène foi empregado como operador metodológico, primordialmente, pelo viés do teórico David Bordwell, que se preocupa em contar a história da encenação em profundidade através de uma historiografia estilística. Por fim, conclui-se, através de uma análise estilística individual/comparativa de cada filme, que o uso do 3D sofreu mudanças estilísticas reais, em parte por conta dos avanços tecnológicos, propiciando a construção de esquemas visuais com muito mais profundidade de campo e movimentações de câmera mais imersivos do que na década de 50. Por isso, podemos afirmar que o efeito 3D deixou de ser um mero truque usado nos anos 50 para se tornar um efeito visual que ajuda a posicionar o espectador ainda mais imerso na narrativa.