Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Guimarães, Leandro Afonso |
Orientador(a): |
Maia, Guilherme |
Banca de defesa: |
Sanches, João Alberto,
Carvalho, Ludmila,
Maia, Guilherme |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/32063
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Resumo: |
Esta dissertação tem como objetivo analisar a mise-en-scène no filme Na Cidade de Sylvia (En la Ciudad de Sylvia, Espanha/ França, 2007), de José Luis Guerín, e mostrar de que forma a obra se apoia em duas escolas de encenação antagônicas. De um lado, há uma raiz ligada a um ideal de Alfred Hitchcock, com uma superioridade do cálculo sobre o aleatório, do criador sobre a criatura. Do outro, há uma raiz que se conecta a Roberto Rossellini, com uma crença maior na realidade que na imagem, preferindo uma contemplação do mundo a um firme controle sobre ele. O trabalho faz uma breve retrospectiva histórica do termo mise-en-scène, desde a sua origem teatral até os seus elementos e conceitos quando exportados ao cinema, com base em autores como Bordwell (2008), Aumont (2008) e Oliveira Jr. (2013). Expostos os componentes e as possíveis definições de mise-en-scène, parte-se para a apreciação crítica da obra, utilizando-se de métodos defendidos por Aumont e Marie (1990) e Casetti e Di Chio (1991). Trabalha-se com a descrição e a interpretação, com uma decomposição que se transforma em recomposição e, por fim, em análise fílmica. Esta investigação começa nos longas de Guerín realizados entre 1984 e 2007, antes de um mergulho analítico mais aprofundado em Na Cidade de Sylvia. Dentro desta pesquisa, observa-se que os primeiros filmes do diretor apresentam características de duas escolas de encenação opostas, mas eles têm peculiaridades que os afastam do objeto de estudo principal. Como hipótese dominante, nota-se que em Na Cidade de Sylvia há uma confluência harmônica dessas duas bases antagônicas. O amor ao plano, como elemento principal da mise-en-scène a ser meticulosamente composto e como planejamento a ser executado, aparece aliado a um amor ao mundo, a uma confiança de que a realidade já é interessante o suficiente sem sofrer grandes interferências do diretor. |