Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
ANDRADE, Catarina Amorim de Oliveira |
Orientador(a): |
PRYSTHON, Ângela Freire |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Comunicacao
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/18583
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Resumo: |
Este trabalho apresenta uma reflexão a propósito da presença e das diferentes formas de representação de grupos marginalizados, social e culturalmente, no cinema francês contemporâneo, tendo como corpus específico os filmes dos cineastas Claire Denis e Abdellatif Kechiche, e atenta para importantes questões, como a ideia de fronteira na pósmodernidade e aquelas envolvidas no processo de descolamento-ajustamento, intrínseco aos constantes trânsitos dos sujeitos que deixam seu local de origem para habitar um outro. Para tanto, pensamos que é essencial procurar entender as transformações sociais, políticas, culturais e estéticas do mundo contemporâneo e sua complexa conjuntura, assim como aprofundar as discussões acerca das construções históricas de suas identidades, especialmente através do conceito de memória (Bergson, 2010). A partir da perspectiva da teoria do póscolonial (Shohat; Stam, 2003, 2006), (Bhabha, 2007), (Hall, 2003a, 2003b), (Said, 2007, 2011), (Fanon, 2002, 2008) – campo interdisciplinar que envolve história, economia, literatura, cinema etc., e que examina questões do acervo colonial e da identidade pós-colonial –, fizemos, inicialmente, um breve percurso histórico pela filmografia francesa, a fim de estabelecer uma construção da representação da alteridade nesse cinema para, posteriormente, buscar compreender esse Outro representado no cinema francês contemporâneo. Observamos, assim, que as filmografias de Denis e Kechiche fazem parte de um cinema que Laura Marks (2000, 2010) denomina de intercultural, uma vez que enfocam a complexidade das novas formas de convívio fixadas na pós-modernidade, apontando para um contexto que não está confinado a uma única cultura, e são capazes de criar novas imagens a partir de uma memória de sentidos. Além disso, os próprios diretores se identificam com mais de uma cultura e, portanto, possuem mais de um repertório cultural. Nesse sentido, empreendemos uma análise comparativa de quatro filmes de cada um dos diretores e observamos se, e de que modo, essas imagens e suas narrativas contribuem para a construção e a consolidação da memória e da identidade francesas. |