Tempos de revoltas no Brasil Oitocentista: Ressignificação da cabanagem no baixo Tapajós (1831-1840)
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Historia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/15710 |
Resumo: | Este trabalho se propõe a dissertar sobre a Cabanagem, concebida como um tema de relevância social para o Brasil e, principalmente para a Amazônia brasileira. Visto que a Amazônia e, assim também, o Grão-Pará não encontravam-se dissociados do cenário político-econômico brasileiro, nem tampouco da conjuntura internacional, estabelecemos que as influências nacionais e internacionais que a província paraense sofreu durante os séculos XVIII e XIX, resultaram diretamente na eclosão do movimento. Afirmamos que não foi somente o processo de Adesão à Independência do Brasil e nem a contestação ao acesso e uso da terra que motivaram esses sujeitos marginais paraenses, classificados como cabanos, a se insurgirem e tomarem o poder do Pará de forma efetiva. Inferimos que, a partir do fim do século XVIII, com a influência das Revoluções Francesa, da Americana, da Confederação do Equador e a Crise do sistema colonial espanhol, o trânsito frequente de índios, negros e soldados desertores entre as fronteiras do Grão-Pará, da Guiana Francesa e da Amazônia Espanhola, tomou proporções muito maiores, passando a circularem ideias liberais e independentistas entre esses grupos. Esse emaranhado de variáveis, atreladas à disputa social/racial envolvendo índios, negros, a Igreja e o Estado, produziram as “rusgas” e insurreições recorrentes de “hidras”, as quais, no contexto de Tempos de Revoltas no Brasil Oitocentista Regencial, desencadearam a eclosão da Revolta/Revolução da Cabanagem. Em suma, fundamentados na tímida pretensão de rediscutir, os acontecimentos mais incisivos deste movimento contestatório do período oitocentista, propomos-nos a partir das pesquisas bibliográfica, documental (relatórios de província, correspondências, opúsculos, dentre outros) e análise da pós-memória, neste caso, a memória coletiva, historiografar e ressignificar os acontecimentos da “Revolução Cabana”, na região do Baixo Tapajós, compreendido, como o maior reduto de resistência Cabana de todo o Grão-Pará. |