O rescaldo da cana : inflexões decoloniais sobre a colonialidade do saber retratada na região cultural do Nordeste Agrário do Litoral por Manuel Diégues Júnior
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Geografia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/50308 |
Resumo: | A presente tese tem por objetivo reconhecer, decodificar e traduzir, a partir da perspec- tiva decolonial, a colonialidade do poder e do saber expressas na cartografia que consta no livro “Regiões Culturais do Brasil”, apresentado pioneiramente pelo antropólogo Manuel Diégues Júnior, em 1960. Ao analisar a caracterização realizada do Nordeste Agrário do Lito- ral, uma das regiões culturais elencadas pelo autor e espaço regional central nesta pesquisa, a tese identifica construções intersubjetivas que descrevem e caracterizam a região, reportando à concepções cristalizadas no imaginário coletivo e amplamente carregadas de preceitos for- jados no saudoso e romantizado passado colonial canavieiro, ao qual tem em Gilberto Freyre como um dos principais expoentes e forte influenciador na obra de Diégues Júnior. Ao se veri- ficar na obra sinais evidentes de orientações que remetem ao lusotropicalismo, buscou-se ati- var o seu processo de desconstrução narrativa mediante a ótica decolonial e reposicionar pos- turas deslocadas de seu tempo que ainda insistem na manutenção de normativas que soam re- trógradas para os contextos hodiernos. Sendo assim, ao traçar um roteiro que se inicia na ar- quitetura do Orientalismo de Edward Said, passando pela modernidade-colonialidade ociden- tal, ancorada nas investigações de Walter Mignolo e Santiago Castro-Gómez - este último também relevante por apontar a colonialidade no campo epistêmico do Saber - aporta no con- ceito de Colonialidade do Poder, elaborado por Aníbal Quijano. Ao utilizar o referencial teó- rico do geógrafo Rogério Haesbaert e discorrer sobre a região enquanto Artefato - composta tanto por sua face realista/fato quanto pela construída/arte - procura apontar caminhos que possibilitem erigir uma nova epiderme sobre as regiões culturais no Brasil, em particular no Nordeste Agrário do Litoral. Agora, pela perspectiva decolonial. É a busca por esse !Rescaldo da Cana” o elemento motriz em que orbita a revisão literária nesta tese. |