Semeá, adubá, tratá: as intersecções nas experiências das mulheres na Zona Canavieira de Pernambuco

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: SOUTO, Aline de Souza
Orientador(a): LIMA, Rosa Maria Cortês de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Servico Social
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/40240
Resumo: Analisa as experiências das mulheres na Zona Canavieira de Pernambuco, e examina a formação social do território, buscando compreender as transformações nos engenhos, áreas urbanas e periurbano. Refere-se a uma pesquisa qualitativa, de natureza explicativa, ancorada em pesquisas bibliográficas. Utilizou-se a pesquisa documental, que analisou relatórios de fontes oficiais para levantamento de dados secundários, quantitativos e qualitativos, com o objetivo de subsidiar a análise da formação social do território e o papel do monocultivo sucroalcooleiro para a acumulação capitalista e o espaço da produção. Recorreu-se a cartografia social e entrevistas, seguidas pela análise do discurso, com condensação de significados. Quanto à exposição dos capítulos optou-se por apresentar inicialmente, os aspectos históricos, políticos e econômicos e relações de poder que se materializam em incentivos estatais para a continuidade do monocultivo sucroalcooleiro. Em seguida, realizou se um deslocamento da Zona Canavieira para o espaço mundial. As investigações sobre as transformações nos espaços e a questão regional realizadas no segundo capítulo identificam a dinâmica de desenvolvimento capitalista. No último capítulo, empreendeu-se a análise sobre as intersecções nas experiências das mulheres que permitem perceber um território transpassado, em tempos transversos. As experiências das porções do território reservam em si uma única construção colonizada de sexos e gêneros em que figura um espaço doméstico permeado por carinho, limpeza e cuidado, transferidos para a “cana”, para as “cozinhas” das patroas, nos setores de serviços ou na prostituição. Verificou-se que o saber-fazer, do cuidar com carinho e limpar, são transferidos para espaços rurais, urbanos e periurbano, nas relações de trabalho, em transformação, com as múltiplas formas de violências, as tensões entre servidão e cidadania e as discriminações na separação de tarefas nos setores de serviços.