Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
GOUVEIA, Luciana de Freitas Patriota |
Orientador(a): |
MELO, Felipe Pimentel Lopes de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Biologia Vegetal
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/14909
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Resumo: |
A pressão antrópica no semiárido aliada às severas condições climáticas desse ambiente acarretam uma maior degradação da Caatinga, contribuindo para a entrada de espécies exóticas. Ao se estabelecerem em nichos disponíveis, essas espécies têm grandes condições de se tornarem invasoras e desencadearem grandes impactos negativos à biota nativa. A algaroba, Prosopis juliflora, é uma espécie que ocorre naturalmente em alguns países das Américas, tendo sido introduzida deliberadamente no nordeste brasileiro durante a década de 40, servindo principalmente como forragem para bovinos e caprinos. Apesar das várias possibilidades de uso dessa planta (lenha, carvão, construção de casa e cercas, alimentação humana), a sua introdução na Caatinga traz sérios malefícios aos processos ecológicos naturais, alterando diretamente a biota nativa. O objetivo desse estudo é compreender o padrão de distribuição da algaroba na Caatinga sob o efeito de diferentes fatores (temperatura, precipitação, disponibilidade de água e indicadores de perturbação) e inferir sobre as consequências da propagação dessa invasora à flora nativa. Para isso, registramos pontos de presença e ausência da P.juliflora na Caatinga do Parque Nacional do Catimbau, Pernambuco, para gerar modelos que explicassem as condições favoráveis à ocorrência da algaroba. Além disso, escolhemos 10 áreas de Caatinga invadida e 10 áreas nativas para estudo comparativo da composição e estrutura dessas comunidades. Os primeiros resultados mostram que a algaroba tem preferência por áreas próximas às redes hidrográficas e casas e que fatores abióticos (temperatura e precipitação) apontam regiões do semiárido com alta susceptibilidade de ocorrência dessa invasora. Outros resultados mostram a algaroba estruturando comunidades de Caatinga invadida por meio de fatores interativos com espécies nativas subordinadas. Além disso, essa invasão promove a redução das diversidades alfa e gama sem, no entanto, afetar a diversidade beta; algumas espécies regenerantes conseguem coexistir com a algaroba, mas talvez não atinjam a idade adulta. E por fim, os resultados sugerem que o solo de áreas invadidas exige mais umidade e matéria orgânica e maior teor de Na+. Recomendamos fortemente a execução de planos emergenciais de controle da P. juliflora na Caatinga, incentivamos a continuidade desta pesquisa a longo prazo e a execução de novos projetos deste cunho no sertão nordestino. |