Flexibilização do Trabalho, Estrutura Ocupacional e Empregabilidade no Brasil: de 1973 a 1996

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: HELAL, Diogo Henrique
Orientador(a): NEVES, Jorge Alexandre Barbosa
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/1248
Resumo: A empregabilidade é um fenômeno complexo, determinado por diversos fatores. Sabe-se que, ao contrário do afirmado pelos economistas, as oportunidades de emprego não são influenciadas apenas pelos elementos ligados ao capital humano do indivíduo, principalmente no atual contexto de flexibilização nas organizações e relações de trabalho. A literatura internacional afirma que outros elementos não meritocráticos (como o capital cultural e social dos indivíduos) são também relevantes no mercado de trabalho. Buscando ampliar tal discussão, esta dissertação, com base em quatro edições da PNAD/IBGE (1973, 1982, 1988 e 1996), testou a associação, bem como verificou as possíveis transformações dos efeitos das variáveis de capital humano, cultural e social dos brasileiros em sua empregabilidade formal e ocupabilidade gerencial, por meio de modelos de regressão logística. As evidências mostraram que os efeitos da escolaridade e da idade (proxy de experiência) nas variáveis dependentes se reduziram, a partir da década de 1980. Os efeitos observados do capital cultural na empregabilidade formal e ocupabilidade gerencial foram também identificados, e são de ordem eminentemente indireta, via educação, ou seja, tais variáveis afetam positivamente a escolaridade do indivíduo, que por sua vez, impacta na probabilidade de se ocupar cargos gerenciais e de se estar formalmente ocupado no Brasil. Outro importante achado refere-se à associação positiva verificada entre o capital social e as variáveis dependentes deste estudo. Tal conclusão confirma a importância deste tipo de capital no mercado de trabalho, destacando que ele é também propriedade dos indivíduos e por eles são utilizados em benefício próprio. Os resultados aqui encontrados são de extrema relevância, uma vez que ampliam o debate já conhecido baseado na teoria do capital humano, enriquecendo a discussão acerca do mercado de trabalho e seus determinantes, bem como a área de Recursos Humanos