Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
MARTINS, Silvio Eduardo Matos |
Orientador(a): |
BARCELLOS, Roberto Lima |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Geociencias
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/26372
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Resumo: |
O nível relativo do mar sofreu flutuações globais após o último máximo glacial (18.000 anos AP). Essas flutuações e o transporte longitudinal de areia, associados com mudanças paleoclimáticas, controlaram a construção das planícies costeiras atuais no Brasil. O objetivo deste trabalho foi realizar o estudo ambiental dos depósitos sedimentares do Holoceno na Plataforma continental interna na área de influência do Porto do Recife e no sistema estuarino do rio Formoso, sul de Pernambuco, com a finalidade de melhor compreender os processos atuantes na evolução deposicional e as resultantes geomorfológicas no sistema costeiro. Foram coletados cinco testemunhos, dois deles na plataforma interna (T1, T2) e três no estuário do rio Formoso (T3, T4, T5). Os testemunhos foram sub-amostrados para análises de conteúdo do carbonato de cálcio, matéria orgânica total, palinologia, análises sedimentológicas elementares e isotópicas de C e N, taxas de sedimentação (²¹⁰Pb) e datações (¹⁴C). Os dados foram tratados segundo os parâmetros estatísticos de Folk & Ward, descritos segundo as classificações faciológicas de Larsonneur (1977) e Shepard e por fim, aplicado o coeficiente de correlação de Pearson (r). T1 e T2 apresentaram taxas de sedimentação variando entre 0,33 e 1,58 cm.ano⁻¹, sendo identificadas 3 fácies deposicionais. A área portuária apresentou diferentes níveis de influência tecnogênica no que diz respeito às mudanças hidrodinâmicas, nas composições sedimentares e de parâmetros geoquímicos. T3, T4 e T5 apresentaram taxas de sedimentação variando de 0,03 a 0,10 cm.ano⁻¹, sendo identificadas 6 fácies deposicionais. T5 foi subdividido em 5 zonas palinológicas, segundo as composições dos taxa classificados como árvores/arbustos, ervas, árvores de manguezal, palmeiras, esporos, além de micro foraminíferos. A análise multi-proxy possibilitou a interpretação paleoambiental caracterizando: entre 7.214 – 6.712 anos Cal. AP – sistema transicional lago/laguna costeira; 6.712 – 4.570 anos Cal. AP – sistema praial/canal de maré; 4.570 – 1795 anos Cal AP – sistema praial. O estuário atual se estabeleceu, a partir de 1.795 anos Cal. AP. As variações na composição da vegetação nos últimos 7200 anos no sistema estuarino refletem as oscilações climáticas e a forte influência das variações no nível do mar local, as quais foram responsáveis por modificações na paleogeografia costeira. |