Evolução petrológica do complexo granítico neoproterozóico Serra do Catú, terreno Pernambuco-Alagoas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: BRITO, Maria de Fátima Lyra de
Orientador(a): SILVA FILHO, Adejardo Francisco da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Geociencias
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/33748
Resumo: O Batólito Serra do Catu está inserido no Estado de Alagoas, entre o Sistema de Dobramentos Sergipano e o Terreno Pernambuco-Alagoas da Província Borborema. Compreende uma intrusão composta formada por três pulsos magmáticos distintos e contemporâneos. Constitui-se pelas unidades informais álcali-feldspato sienito cinza, quartzo monzonito a monzogranito e quartzo-sienito rosa, e por enclaves microgranulares máficos (lamprofírico, hornblendítico e diorítico), enclaves cognatos e xenólitos. A petrografia indica que as unidades sieníticas são leucocráticas, equigranulares médias, com ocasionais fenocristais de alcalifeldspato (2cm) e possuem mineralogia similar, diferindo no conteúdo modal dos máficos (anfibólio e piroxênio). São rochas hipersolvus e constituídas por álcalifeldspato pertítico, clinopiroxênio, biotita, anfibólio, plagioclásio, quartzo, zircão, apatita, titanita e minerais opacos. A unidade quartzo monzonito a monzogranito possui plagioclásio, quartzo, álcali-feldspato, anfibólio, biotita, zircão, apatita, titanita, minerais opacos, allanita e epidoto magmático. As rochas são metaluminosas a peralcalinas, saturadas em sílica, as fácies são cogeneticas e pertencem à associação shoshonítica-ultrapotássica. Os litotipos evoluíram por cristalização fracionada, mostram similaridades geoquímicas com granitóides pós-colisionais, e assinaturas geoquímicas relacionadas a zonas orogênicas em ambiente de arco continental (processos relacionados a subducção). Os dados geoquímicos e isotópicos sugerem uma fonte mantélica enriquecida por fluidos (ricos em elementos incompatíveis) provavelmente liberados de uma crosta subductada ascendendo para a cunha do manto sobrejacente. A litogeoquímica indica que a região fonte era um manto metassomatizado enriquecido em flogopita e/ou anfibólio que sofreu fusão parcial (provavelmente por descompressão) a diferentes profundidades, gerando os magmas potássicos, os quais foram canalizados ao longo de descontinuidades estruturais e posicionados em regiões de baixas a médias pressões (entre 2,5 e 5kbar) onde cristalizaram entre 9 e 15 Km de profundidade.