Petrologia e geoquímica do batólito Rio Formoso, domínio Pernambuco-Alagoas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: SILVA, Raphael Lima Pereira da
Orientador(a): FERREIRA, Valderez Pinto
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Geociencias
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/34089
Resumo: O domínio Pernambuco-Alagoas é o domínio crustal onde se encontram os maiores batólitos graníticos da Província Borborema, nordeste do Brasil. A parte leste deste domínio é caracterizada pela intrusão do batólito composto Ipojuca-Atalaia, no qual está inserido o batólito Rio Formoso. Neste trabalho são apresentados os dados geoquímicos e isotópicos, além do mapeamento geológico na escala de 1:70.000. O batólito Rio Formoso consiste de quatro fácies: quartzo monzodiorito a granodiorito fino (QMGF), quartzo monzonito a monzogranito porfirítico (QMMP), monzogranito a sienogranito médio (MSM), monzogranito a sienogranito porfirítico (MSP). Enclaves máficos sigmoidais caracterizam a fácies QMMP. As quatro facies mostram grande variação química, com os valores de SiO₂ variando de 56 a 73%, alto teor de K₂O oscilando de 2,78 a 6,21%, CaO mostrando variação de 0,88 a 4,88%, e de Fe₂O₃t oscilando entre 1,33 a 9,04%, valores razoáveis de MgO entre 0,15 a 3,08%, e P₂O₅ de 0,03 a 0,91%, e baixo TiO₂ variando de 0,18 a 1,85%. As amostras da fácies MSP são as mais diferenciadas enquanto que a fácies QMGF são as menos diferenciadas. As tendências de correlações interelementares sugerem fracionamento das fases minerais apatita, titanita, óxido de ferro, plagioclásio e anfibólio com a diferenciação magmática. Para todas as fácies os padrões de ETR mostram um enriquecimento ETRL em relação ao ETRP, com anomalia de Eu ligeiramente negativa, sendo um pouco mais acentuada para a fácies MSM, possivelmente relacionada ao fracionamento de plagioclásio. São rochas metaluminosas a levemente peraluminosa, shoshoniticas e ferrosas. Em diagramas discriminantes de ambiente tectônico indicam intrusão em ambiente intra-placa; no conjunto são características de granitos do tipo A. Por outro lado, as razões Y/Nb variam entre 0,769 e 2,88; sendo a maioria classificadas como típicas de granitos tipo A originados de outros ambientes tectônicos que não anorogênico, com fontes crustais. Os dados isotópicos Sm-Nd e Rb-Sr, (ƐNd₍₅₈₀ᴍₐ₎ -13,84 a -17,50) e razão inicial (₈₇Sr/₈₆Sr(i)=0,70939), sugere que o granito Rio Formoso se originou de fusão parcial na crosta. Idade modelo TDM=1.9Ga e anomalias negativas de Nb-Ta sugerem fusão parcial de crosta paleoproterozóica subductada. Dados sugerem fusão parcial de rocha basáltica de médio a alto-K. Os dados U-Pb SHRIMP em zircão na fácies QMMP indicam uma idade de 580,7 ± 4,2 Ma, interpretada como idade de cristalização e alojamento do Batólito Rio Formoso durante os estágios finais da orogênese Brasiliana.