Um olhar caleidoscópico nas/para as formações estéticas/culturais de professores(as): experiências e construções de identidades docentes estéticas no curso de pedagogia da UFPE

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: VIDAL, Fabiana Souto Lima
Orientador(a): ARAÚJO, Clarissa Martins de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Educacao
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/18004
Resumo: O presente percurso investigativo foi desenvolvido na linha de Formação de Professores e Prática Pedagógica do Programa de Pós-Graduação em Educação – UFPE. Buscamos compreender percursos de formações estéticas/culturais na/para a formação de professores(as) e tomamos como campo de investigação o curso de Pedagogia da Universidade Federal de Pernambuco, considerando os três turnos de funcionamento. Dentre vários(as) autores(as), estabelecemos diálogos com Costa, Silva, Sommer, Hall, Darras, Dewey e Larrosa, lentes teóricas que contribuíram para ampliar nosso olhar para o interesse deste estudo, os Estudos Culturais e o debate sobre o campo da Estética. Leituras que deram suporte para pensar as formações estéticas/culturais de professores(as) na/para a contemporaneidade, proporcionaram reflexões acerca do currículo enquanto política cultural e deixaram pistas para entender estética numa perspectiva horizontal, contemporânea. Isso nos possibilitou construir reflexões acerca das experiências estéticas/culturais como elementos nas/das/para as formações estéticas/culturais de professsores(as) e para a construção de identidades docentes estéticas. Como aporte metodológico, nos inspiramos na Etnografia para transitar pelo campo, buscar olhar para o mesmo a partir de vários recortes, peças que juntamos ao longo do percurso, dentre as quais, destacamos os registros de observações realizadas no eixo disciplinar, mais especificamente, em sete componentes curriculares. Também contamos com a participação mais intensa de seis estudantes com os quais fizemos parte dessa viagem, escutamos suas falas e nos detivemos nos registros realizados por eles(as) em cadernos de memórias de percursos estéticos/culturais. Para além do eixo disciplinar, utilizamos os registros, escritos e imagéticos, realizados em diversos momentos da nossa incursão no campo – eventos, cursos, palestras etc. Ainda nos imbuímos de um espírito flâneur e de um olhar curioso e crítico para compreender as condições físicas e estruturais enquanto elementos também de formação estética. Na construção da nossa narrativa etnográfica, nas nossas análises, dialogamos com a Análise de Conteúdo sistematizada por Laurence Bardin, mais especificamente, nos inspiramos na análise categorial, por entendermos o contributo desta para juntar peças no nosso caleidoscópio e enriquecer nosso olhar sobre o campo. Dentre as diversas imagens que se formaram nesse juntar de peças e a cada momento em que giramos nosso caleidoscópio, afirmamos que a análise nos permite afirmar que as formações estéticas/culturais na formação de professores(as) no campo investigado evidencia a presença de uma dimensão estética que estimula o olhar estético dos sujeitos e a percepção de formas plurais, horizontais de acessar arte e estética, por outro lado, algumas práticas observadas e as condições físicas e estruturais acabam por conformar os sujeitos. Isso nos leva a inferir que a formação de professores(as) não apresenta contornos definidos, caminha por terrenos flutuantes, hora provocadores de experiências estéticas/culturais, hora, afastando-se dessa perspectiva, assume-se tradicional e hermética, e aproxima-se da ideia de informação, logo, distancia-se do par experiência/sentido e aproxima-se do par ciência/técnica. Por fim, este estudo nos possibilita compreender que a formação de professores(as) no curso de Pedagogia da UFPE transita entre (de)FORMAções e formações estéticas/culturais.