Trajetórias afetivo-sexuais de mulheres jovens universitárias em Recife : aproximações sobre as vivências sexuais e os significados de prazer

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: MONTEIRO, Laís de Souza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
UFPE
Brasil
Programa de Pos Graduacao em Psicologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/38822
Resumo: Este estudo buscou investigar como as mulheres universitárias em Recife vivenciam sua sexualidade e significam os sentidos de prazer sexual em suas relações afetivo-sexuais. Insere-se no campo da Psicologia Social enquanto uma pesquisa qualitativa de inspiração feminista filiada ao construcionismo social. A realização deste estudo ocorreu alicerçada em conversas pensadas a partir da ferramenta das entrevistas semiestruturadas – gravadas e transcritas na íntegra – com cinco mulheres predominantemente jovens e com idades entre 19 e 33 anos. Os dados construídos foram estudados a partir da análise temática de conteúdo sob o olhar das teorias que tratam de gênero e sexualidade. As trajetórias afetivo-sexuais das mulheres são marcadas pela percepção da existência da opressão, principalmente por seus desdobramentos surgirem como efeito do cruzamento entre os marcadores sociais de gênero e sexualidade, e a repercussão destes nas significações sobre o prazer sexual. Observamos que o início da trajetória afetivo-sexual ocorre para além da primeira relação sexual, com investimentos nos comportamentos e nos modos de ser de pedagogias da sexualidade vivenciadas da infância. Ao longo das trajetórias, as mulheres experimentam uma multiplicidade de modalidades de relações, bem como possibilidades de encontros afetivos por meio das redes sociais e dos ciclos de amizades. Dos percursos sexuais, as mulheres não denotam associar sexo ao amor romântico e apresentam situações de violência seja dentro de relacionamentos abusivos ou em outros encontros com parceiros sexuais. As significações do prazer sexual das trajetórias femininas são delineadas para além das sensações corporais integrando outras nuances ligadas à liberdade, afinidade e respeito a si mesma. Consideramos que trabalhar a partir de uma perspectiva teórico-metodológica feminista pós-estrutural tenha facilitado as reflexões e os posicionamentos sobre as trajetórias das mulheres e suas tensões. O estudo indica a necessidade de reflexões e ações sobre as condições desiguais que têm marcado as mulheres e discute como potencializar as estratégias de resistência e proteção frente aos contextos de violência ligados à sexualidade. Por este motivo, é importante seguir investindo em novas formas de fazer pesquisa que busquem aprofundar a questão das sexualidades femininas, com ênfase em suas relações com o corpo, com o prazer e com o erótico.