Trajetórias afetivo-sexuais de jovens e adultos com osteogênese imperfeita

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Mororó, Géssica Martins
Orientador(a): Jannotti, Claudia Bonan
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/49650
Resumo: O presente estudo tem como objetivo geral estudar as trajetórias afetivo-sexuais de jovens e adultos homens e mulheres com osteogênese imperfeita (OI). Considerando que a juventude é uma etapa da vida onde as relações de afetividade e sexualidade passam a ser mais significativas e onde a autonomia desses sujeitos é fundamental nessas relações. Trata-se de uma pesquisa de natureza qualitativa, o campo de pesquisa foi o ambulatório de osteogênese imperfeita do Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologista (IEDE). O método utilizado para a coleta de dados foi o de história de vida de 18 a 49 anos, com posterior análise temática proposta por Bardin. Foram convidados 16 jovens, dos quais quatro se recusaram a participar. Perfazendo um total de 12 entrevistas. Para os resultados emergiram quatro núcleos temáticos : 1) A Construção da masculinidade e da feminilidade no contexto da deficiência; 2) Dependência x independência: a questão da autonomia e suas implicações nas trajetórias afetivo-sexuais; 3) Vida afetiva, sexual e reprodução: entre medos e desejos; 4) O papel da internet e das redes sociais digitais na sexualidade das pessoas com osteogênese imperfeita. As conclusões deste estudo apontam para a necessidade de desconstruções dos padrões normativos impostos ao corpo; a superproteção por parte dos pais repercute negativamente nas relações afetivas e sexuais das pessoas com OI; as pessoas com OI tem dificuldade em conversar sobre sexualidade com os pais e com os profissionais de saúde; a internet acaba por se tornar uma ferramenta bastante utilizada para suprir a necessidade dessas informações; espaços coletivos de discussão com pessoas que enfrentam as mesmas questões são muito importantes; também verificou-se a necessidade de políticas públicas voltada para a sexualidade da pessoa com deficiência.