Distribuição vertical dos nutrientes dissolvidos no Nordeste do Brasil entre as latitudes 6°20’ S e 7°33’ S
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Oceanografia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/24567 |
Resumo: | A região oceânica do nordeste do Brasil, entre as latitudes 06,487° e 07,54867°S é influenciada pela Corrente Norte do Brasil, que tem como característica águas superficiais quentes e oligotróficas, esta região está sob influência dos ventos alísios de sudeste que predominam quase todo o ano. A quebra da plataforma marca início do talude, no Nordeste do Brasil, a quebra ocorre a uma profundidade média de 45 m, a base do talude chega a uma profundidade máxima de 3600 m. Para a execução deste trabalho foram coletadas amostras de água e dados físicos, durante as campanhas realizadas no âmbito do projeto “Camadas Finas Oceânicas ao largo do Nordeste do Brasil I e II” nos anos de 2010 e 2012. As áreas estudadas estão situadas na Zona Econômica Exclusiva do Nordeste do Brasil (ZEE-NE), na borda oceânica dos estados do Rio Grande do Norte (6,487°S), Paraíba (7,01817°S) e Pernambuco (7,54867°S), para cada perfil foram estabelecidas 3 estações de coleta, situadas uma no final da plataforma, outra na base do talude e uma outra intermediária entre estas duas estações. As coletas foram realizadas durante nos períodos diurno e noturno, para cada estação em profundidades predefinidas, superfície (1 m), profundidade de máxima clorofila, início, meio e fim da termoclina e 75% da profundidade local. O objetivo principal foi verificar 0 grau de influência do talude continental, na distribuição dos nutrientes inorgânicos dissolvidos (NID). Foram identificadas as seguintes massas d’água: a Água Tropical Superficial (ATS), a Água Central do Atlântico Sul (ACAS) e a Água Intermediária Antártica (AIA). A temperatura na camada superficial variou de 26,14°C a 27,04°C, e a salinidade apresentou um valor mínimo de 36,02 e máximo de 37,03. O núcleo da Corrente Norte do Brasil foi registrado a uma profundidade média de 200 m, com a velocidade variando de 0,8 m.s-1, no transecto da Paraíba, a 1,2 m.s-1 nos perfis do Rio Grande do Norte e Pernambuco. A concentração de clorofila a variou de valores próximos a 0,0 à 1 mg.m-3, estando as maiores concentrações na profundidade de 85 m. O NID e o fosfato apresentaram suas maiores concentrações nas massas d’água mais profundas. As concentrações de oxigênio dissolvido oscilaram de 2,35 ml L-1, equivalendo a uma taxa de saturação de 38,97%, na profundidade de 270 m à 5,17 ml L-1, representando 112,15% de saturação, na superfície. O silicato apresentou uma variação entre >LD, na ATS, a uma concentração de 22,99 µmol L-1, na ACAS. Através de correlação quadrática entre o fosfato e a temperatura e outra entre nitrato e a temperatura obtivemos duas equações para estes nutrientes, que poderão ser utilizadas para estimar valores não medidos nesta área, até a profundidade de 1000 m. Esses resultados mostram que há uma estabilidade térmica característica das áreas tropicais. Consequentemente, a presença de uma termoclina permanente, que resulta da forte estratificação vertical, impedindo o transporte advectivo vertical, entretanto, uma influência da geomorfologia do local é observada, no deslocamento das massas de água para uma profundidade menor. |