Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
MOURA, Gabriela Cristina Chagas |
Orientador(a): |
VELEDA, Dóris Regina Aires |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Oceanografia
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/54766
|
Resumo: |
O Oceano Atlântico Tropical é uma região dinâmica e de grande importância mundial. Essa área vem apresentando mudanças em suas propriedades químicas, físicas e biológicas, o que pode impactar os ciclos biogeoquímicos e mudanças na microbiota presente na região. Os bioaerossóis na área de estudo são formados por múltiplos compostos, dentre eles, organismos fúngicos que apresentam importância global devido a seus papéis como nucleadores de nuvens e possíveis atuantes no clima. Dessa forma, o conhecimento sobre os microrganismos presentes no ar de áreas oceânicas é essencial para compreender o ambiente em que está inserido assim como seus papéis no ecossistema. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a possível influência de variáveis meteorológicas e oceanográficas na composição da microbiota dos bioaerossóis ao longo do oceano Atlântico Tropical. Foram realizadas amostragens microbiológicas durante expedições embarcadas até a área de estudo durante os anos de 2017 e 2022 em diferentes períodos sazonais buscando a maior diversidade microbiológica cultivável possível, em conjunto, no momento da realização das coletas, diferentes variáveis meteoceanográficas foram coletadas. Os resultados microbiológicos de sequenciamento genético indicam 10 identificações divergentes a partir de 19 isolados obtidos. Destes, há diferenças entre os gêneros isolados das amostras dos anos de 2017 a 2022, assim como há alternância de acordo com cada ponto de coleta realizado. O gênero predominante foi Aspergillus sp. (26%), seguido por Candida sp. (11%) e Curvularia sp. (11%) e o restante dos representantes Cladosporium sp. (5%), Cystobasidium sp. (5%), Exophiala dermatitidis (5%), Neotestudina sp. (5%), Penicillium sp. (5%), Pestalotiopsis sp. (5%), Preussia sp. (5%) e Rhodotorula sphaerocarpa (5%). Quando comparadas anualmente, as variáveis meteoceanográficas apresentaram diferenças significativas (p<0,05) entre os anos de coleta. Associando a diversidade microbiológica e a metodologia de coleta, a umidade relativa do ar e a velocidade dos ventos foram maiores no ano que apresentou maior diversidade (2022). O ano de coleta com maior diversidade fúngica aerolizada (2022) apresentou ainda anomalias positivas de temperatura superficial do mar, podendo estar associado a valores de temperaturas mais altos durante a formação da microbiota que é aerolizada. Em conclusão, a temperatura superficial do mar e a velocidade dos ventos são, possivelmente, as principais determinantes da microbiota presente em aerossóis marinhos. Os resultados reforçam a necessidade de pesquisas para aprofundar os conhecimentos acerca do tema, sobretudo destacando as mudanças climáticas globais e seus possíveis impactos em organismos fúngicos. |