O serviço das armas, as gentes do povo e os escravizados: Pernambuco na época da independência (1817-1824)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: França, Wanderson Édipo de
Orientador(a): Hoffnagel, Marc Jay
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/11672
Resumo: Esta pesquisa versa a respeito da relação entre povo, tropa e escravizados de Pernambuco no início do século XIX. Balizado no corte temporal entre a Revolução Pernambucana de 1817 e a Confederação do Equador, em 1824, buscou-se analisar as gentes simples no contexto da formação do Estado e da Nação brasileiros. Tomou-se como pano de fundo o serviço das armas. Para se entender o panorama da época da Independência, analisar o serviço das armas desse período se apresenta como uma tarefa bastante profícua. Isso porque no âmbito militar também atuavam indivíduos que buscavam edificar sua liberdade, se inserir socialmente, ter acesso à cidadania, reivindicar seus direitos e, sobretudo, lutar por suas melhores condições de vida. Dessa forma, o recrutamento se colocava como um caminho de mão dupla tanto para os homens pobres livres e libertos quanto para os escravizados. Enquanto alguns indivíduos fugiam dos agentes recrutadores, outros se faziam recrutas voluntariamente. Havia até escravos que se diziam livres para assim poderem sentar praça. O que não se pode perder de vista é que o recrutamento também era um instrumento de controle e reprodução de assimetrias sociais. Assim sendo, os soldados rasos, o povo e os escravizados eram nivelados e dispostos nas camadas baixas da sociedade. Eram separados por uma tênue fronteira que, em grande medida, os unificavam como indivíduos que partilhavam as venturas e desventuras do recrutamento para o serviço militar.