Alergia alimentar: fatores de risco e diagnóstico em crianças, na cidade do Recife

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: COSTA, Aldo José Fernandes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/8023
Resumo: Alergia alimentar (AA) afeta de 2% a 6% das crianças abaixo de cinco anos de idade. Chama-se a atenção para a importância da vulnerabilidade genética associada aos fatores de risco ambientais na gênese desse processo alérgico. O presente estudo procurou avaliar a associação de fatores de risco ambientais no desenvolvimento de AA em menores na faixa etária de um a cinco anos de idade, na cidade de Recife-PE, além de analisar a acurácia dos testes cutâneos de hipersensibilidade e imunoglobulina E (IgE) específica em crianças com alergia à proteína do leite de vaca (APLV) e manifestações clínicas predominantemente gastrintestinais. O estudo foi do tipo casocontrole, onde os CASOS foram crianças que apresentaram skin prick test (SPT) e atopy patch test (APT) positivos para o mesmo alérgeno ou desencadeamento oral aberto positivo para o alimento suspeito. Os CONTROLES foram definidos como a criança do mesmo sexo e idade do CASO, porém sem história de AA. A partir das informações das crianças que se submeteram ao desencadeamento oral aberto, também foi realizado um estudo comparativo entre os casos (desencadeamento oral positivo) e um grupo de comparação (desencadeamento oral negativo). As exposições avaliadas foram constituídas de: quadros infecciosos maternos e a composição da sua dieta durante o período gestacional; fatores socioeconômicos; tipo do parto; utilização de antibiótico pela criança no primeiro ano de vida; ocorrência de internação hospitalar nesse período, além de fatores relacionados à dieta da criança como o tempo de aleitamento materno e a composição da sua dieta no primeiro ano de vida. Observou-se através da análise de regressão logística que os fatores ambientais que apresentaram associação significante com AA foram o número de cômodos na casa, a infecção materna no período gestacional e a internação hospitalar no 1° ano de vida da criança e que os testes cutâneos SPT e APT, além da dosagem de IgE específica, possuem baixa sensibilidade e valor preditivo positivo (VPP). Não foi encontrada associação entre a composição da dieta materna durante o período gestacional e a da criança durante o primeiro ano de vida com a AA. O aleitamento materno apresentou uma tendência de associação, porém sem significado estatístico. Concluiu-se que os fatores ambientais estão associados à ocorrência da doença, sendo que, nos casos onde as manifestações clínicas são predominantemente gastrintestinais, aqueles que interferem na microbiota aparentam ter um papel mais importante. Apesar da dificuldade operacional e do eventual risco da exposição, o desencadeamento oral com o alimento suspeito é o melhor método para diagnosticar AA, em particular a APLV