Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Santoro, Ana Letícia Gomes Morand Bentes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://app.uff.br/riuff/handle/1/28983
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: A nutrição é um processo biológico que envolve diversos mecanismos que estão diretamente relacionados à saúde e à doença. O manejo dos alimentos pode favorecer a indução da tolerância de mucosa (a condição fisiológica na grande maioria das pessoas) ou o desencadeamento de alergias alimentares que se revela um problema grave de saúde pública. A literatura mostra que os diferentes critérios de inclusão, definições e métodos diagnósticos, levam a estimativas que variam entre 2% e 10% da população com alergias alimentares, sendo as maiores prevalências nos primeiros anos de vida. Os hábitos da sociedade contemporânea, levaram a mudanças ambientais, que por sua vez impactam a microbiota comensal do intestino humano, fator crítico para a manutenção da homeostasia do sistema munológico. A disbiose intestinal, desequilíbrio na microbiota, é um fator importante no aumento da prevalência das doenças inflamatórias não transmissíveis, incluindo a alergia alimentar. O estabelecimento de uma microbiota comensal no sistema gastrintestinal é de grande importância para prover o microambiente tolerogênico tanto da imunidade inata quanto adaptativa. Neste sentido, diversos trabalhos na literatura vêm apontando a importância das bactérias probióticas na modulação favorável da microbiota intestinal. É expertise do nosso grupo o estudo dos fenômenos alérgicos em modelos murinos na tentativa de compreender os mecanismos envolvidos e as possíveis associações no que se refere a temporalidade, intensidade de fenômenos inflamatórios intestinais bem como a indução ou não da alergia alimentar. Assim, nossa hipótese é que seja possível estabelecer associações entre a disbiose intestinal com o aumento das alergias alimentares. A pergunta norteadora dessa revisão sistemática foi “Existe uma relação direta da disbiose intestinal com as alergias?” OBJETIVO: Realizar uma revisão sistemática da literatura científica, para analisarmos a relação entre disbiose intestinal, inflamação intestinal e alergia alimentar. MATERIAL E MÉTODOS: Trata se de uma pesquisa bibliográfica sistemática de acordo com as etapas definidas pelo PRISMA (Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta Analyses) sobre a inter-relação das alergias alimentares e o processo de disbiose intestinal e o impacto da utilização de cepas probióticas nesta gênese. Para identificar os artigos científicos publicados e indexados que se relacionam ao nosso trabalho fizemos uma busca no banco de dados do Pubmed e do Scielo. Foram utilizadas como unitermos: Microbiota + “food allergy” + inflammation. RESULTADOS: A utilização dos três unitermos (Microbiota + “food allergy” + inflammation) retornou 60 artigos dos quais 16 foram excluídos por não atenderem os critérios de inclusão e estarem entre os critérios de exclusão. A partir de fontes secundários foram incluídos 19 artigos totalizando 63 artigos analisados e incluídos na nossa revisão. CONCLUSÃO: Com os trabalhos avaliados, há um interesse crescente na área de estudo tanto das alergias alimentares como na disbiose e uso de probióticos como forma de prevenção/tratamento. Para a nossa pergunta norteadora “Existe uma relação direta da disbiose intestinal com as alergias?” pode-se dizer que a resposta é sim, no entanto ainda não é possível definir quem vem primeiro |