Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Londoño, Luz Stella Carmona |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/10666
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Resumo: |
Esta tese parte do pressuposto categórico do mundo como mercadoria, e, especialmente, o espaço geográfico que assume dialeticamente valores de uso e de troca ao longo do processo histórico. O Capital metaboliza-se vigorosamente no espaço, notadamente nas áreas centrais das cidades, ocupando-as e transformando-as, a tal ponto que a natureza é submetida, mercantilizada e datada. Medellín, famosa na década de 1990 como a cidade de Pablo Escobar, dos sicários, da “coca”, passou nos últimos anos a ser reconhecida no país e no continente inteiro pelas suas renovações urbanas, mudanças sociais e obras arquitetônicas, tendo como principais aliados os instrumentos de planejamento, a publicidade e a mídia. A nomeada “globalização” promete a construção de um espaço mundial único, que tenderia a se tornar cada vez mais homogêneo, e o principal agente dessa homogeneização seriam os fluxos mercantis. Assim, hoje a cidade é o palco do turismo, o consumo e as indústrias culturais e de conhecimento, mas também o palco da segregação, da desigualdade, violência e desemprego. Neste marco, esta pesquisa analisa a estética das áreas centrais de Medellín-Colômbia, à luz do processo de produção e reprodução do uso e ocupação do solo, na sua relação com as formas de apropriação da natureza como mercadoria, onde o espaço está sendo produzido intensamente na era da reprodutibilidade técnica, política e científica. Identificam-se as matrizes estruturantes na relação sociedade-natureza do processo de formação das áreas centrais de Medellín, o papel dos distintos agentes de produção e reprodução urbana nas dinâmicas do uso e ocupação do solo das áreas centrais; analisa-se a estética urbana preconizada nos instrumentos de requalificação urbana e as relações espaços-temporais entre as formas, os conteúdos, as funções e os processos ao longo dos últimos cinquenta anos. Assim, para a discussão do fenômeno socioespacial baseado na visão geográfica, em uma perspectiva crítica, consideram-se as categorias: Espaço, Reprodução do Espaço, Agentes produtores Práticas Socioespaciais, Natureza, Mercadoria, Estética da mercadoria e cotidiano. Com o anterior, ao longo da pesquisa, identifica-se que as áreas centrais da cidade de Medellín são materialização da mercadoria traduzindo diversas experiências do urbano, as necessidades individuais e coletivas dos diferentes valores sociais e culturais, em contra dos interesses privados do mercado imobiliário e financeiro, que têm no Estado um aliado para gerir as obras que alteram seus usos e, em algumas ocasiões, também suas práticas. |