A natureza da verticalização no processo de reprodução do espaço urbano em Palmas-TO

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Rodrigues, Marcely Pereira da Silveira
Orientador(a): Bessa, Profª. Drª. Kelly
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Tocantins
Porto Nacional
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Geografia - PPGG
Departamento: Não Informado pela instituição
País: BR
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11612/319
Resumo: A presente pesquisa trata do processo de verticalização que vem, nos últimos anos, ocorrendo em Palmas, a cidade projetada para ser a capital do estado do Tocantins. Por verticalização, entende-se a construção de edifícios com diversos pavimentos, possibilitando a criação de solo urbano, já que, numa mesma área do terreno, a sobreposição de pavimentos permite a multiplicação das unidades construídas. Nessa perspectiva, esta dissertação objetiva entender o processo de verticalização em Palmas, averiguando suas especificidades desde o projeto urbanístico até a sua significância atual no processo de reprodução do espaço urbano dessa cidade. Para tanto, a pesquisa levou em consideração dados do projeto urbanístico e da legislação que regulamenta a verticalização na cidade, bem como levantou dados sobre as edificações verticais concluídas e em construção na cidade até 2015 e as informações sobre os agentes e os recursos envolvidos nessa produção vertical. As informações foram obtidas por meio de pesquisa documental e pesquisa de campo. Os resultados obtidos mostram que a verticalização estava prevista no projeto urbanístico dessa capital, porém sua produção deu-se de maneira discreta até o ano 2000. No período compreendido entre os anos de 2001 e 2010, a verticalização tornou-se um pouco mais expressiva, porém foi caracterizada pela predominância de edifícios menores, com até dezesseis pavimentos. A partir de 2010, evidenciou-se um aumento bastante expressivo das construções verticais, fomentado pelo momento econômico favorável para o setor (boom imobiliário), quando houve a ampliação da liberação de recursos para construção civil. Nesses últimos quatro anos, foram construídos mais edifícios que a soma das construções dos períodos anteriores. Todavia, essa verticalização não se destaca apenas no que diz respeito ao aumento no número de edifícios, mas também com relação à dispersão dos edifícios baixos (até quatro pavimentos), à concentração espacial dos altos edifícios (entre cinco e quarenta pavimentos), à diversificação dos edifícios produzidos e à participação de novos agentes produtores no processo. Dessa maneira, a fabricação do solo passou a ser dado fundamental no processo de reprodução desse espaço urbano, promovendo a reestruturação da configuração espacial da cidade, pois a verticalização reforçou as tendências de expansão territorial urbana em Palmas, mas de forma ampliada, acrescentando, ao fenômeno horizontal, o fenômeno vertical, pelo desdobramento, pela multiplicação da base fundiária. Tal processo revela, portanto, um par dialético - expansão horizontal urbana e expansão vertical urbana, que reforça, na produção desse espaço, tanto os interesses fundiários como os construtivos e os imobiliários, paralelamente aos interesses do setor financeiro.