Avaliação da saúde óssea em pacientes pediátricos com doença inflamatória intestinal
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Saude da Crianca e do Adolescente |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/34314 |
Resumo: | As Doenças Inflamatórias Intestinais (DII) caracterizam-se por inflamação crônica no trato gastrointestinal e são representadas pelas Retocolite Ulcerativa (RCU), Doença de Crohn (DC) e Colite Indeterminada (CI). Embora sejam diagnosticadas em qualquer idade, a maioria dos diagnósticos ocorre na adolescência e no início da idade adulta. Em 25% dos casos, os sintomas iniciam na faixa etária pediátrica. Um problema frequente em pacientes pediátricos com DII é a diminuição da densidade mineral óssea (DMO), cujo mecanismo ainda é pouco compreendido. Este comprometimento da saúde óssea em idade jovem pode ter impacto ao longo da vida com osteopenia e osteoporose precoces. Objetivo: avaliar a saúde óssea de pacientes pediátricos com DII e a frequência de atividade da doença, déficits alimentares, falhas no crescimento e de corticoterapia em dose elevada nos pacientes com baixa DMO. Métodos: foi realizada revisão de prontuários de 83 pacientes com diagnóstico de DII e que aceitaram participar da pesquisa. Foi solicitada densitometria óssea (DXA) para todos os pacientes, dos quais 59 realizaram o exame e foram cadastrados na pesquisa. As informações sobre o diagnóstico e o fenótipo da DII e a idade de início dos sintomas de cada paciente foram coletadas a partir de dados do prontuários, assim como dados antropométricos (peso, altura e cálculo do IMC) e registros relativos ao uso de corticoterapia. Foi calculada a dose cumulativa de corticosteroide com a soma das doses recebidas no último ano dividida pela quantidade de dias e foi considerada elevada quando maior que 10mg/dia. O cálculo da velocidade de crescimento (VC) foi realizado através da diferença das alturas no intervalo de um ano e expressa em centímetros por ano (cm/ano). A avaliação da ingestão calórica proteica e dos micronutrientes cálcio, fósforo e vitamina D foi realizada por nutricionista através do registro de informações em diário alimentar de 3 dias preenchido por cada paciente ou seu responsável. Resultados: nos 59 pacientes avaliados, 25,4% (15/59) apresentavam DMO baixa com maior frequência naqueles com diagnóstico de DC; 44% (26/59) apresentaram atividade da doença no último ano e 42,4% (25/59) estavam em uso de corticoterapia com dose cumulativa elevada. Foi observado que 62,5% (5/8) dos pacientes com DC que apresentavam DMO baixa estavam em uso de dose cumulativa elevada de corticosteroide (p = 0,01) e 62,5% (5/8) apresentavam baixa estatura para idade (p = 0,005). Nos pacientes com RCU, houve maior frequência de VC baixa (71,4%; 5/7) naqueles que tinham DMO baixa (p = 0,09). Houve maior frequência de baixa ingestão de cálcio e vitamina D nos pacientes com DMO baixa, baixa estatura e VC baixa. Conclusão: a maior frequência de DMO baixa foi encontrada em pacientes com DC em uso de corticoterapia em dose elevada. Baixa estatura foi mais frequente em pacientes com DC e DMO baixa. Os pacientes com RCU e DMO baixa apresentaram maior frequência de VC baixa. |