Corpos que dançam dentro e fora da escola: discursos pela interculturalidade na dança no ensino

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Paula Abrahamian de Souza, Ana
Orientador(a): Granja Porto, Zélia
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/4154
Resumo: diferentes forças sociais, literatura acadêmica, situações de sala de aula e entrevistas, buscando apreender como emergem os enunciados sobre as danças populares, as danças cultas e danças da cultura de massa na dança no ensino na Cidade do Recife, tendo como foco central os corpos que dançam. Estes permitiram indicar as condições de emergência dos discursos: sobre como se aprende e se ensina dança; e discursos sobre e para o corpo que dança. Frente aos objetivos traçados, recorremos aos estudos sobre cultura e identidade cultural; às reflexões sobre hibridação cultural e ao diálogo com o conceito de Corpos Híbridos ; dialogamos com a temática da interculturalidade em diferentes autores, o que nos possibilitou tecer pontes para imaginarmos como seria a dança no ensino atravessada por uma perspectiva intercultural de educação. No processo de construção de uma proposta de estudo, partimos da perspectiva pós-moderna, considerando as pesquisas emancipatórias e desconstrutivista, como mais adequadas a esse estudo. Quanto aos procedimentos de análise, nos inspiramos em alguns elementos que compõem a Análise de Discurso Textualmente Orientado (ADTO) proposta por Norman Fairclough (2001). As análises que emergiram do conjunto discursivo analisado demonstram múltiplos discursos com relação a como se aprende e como se ensina dança. Tais discursos nos revelaram também enunciados sobre os corpos que dançam que foram categorizados como corpos abertos e heterogêneos, múltiplos. Evidenciamos também que as situações de ensino e aprendizagem de dança não parecem ser mais unicamente eruditas, ou unicamente massivas, muito menos genuinamente populares: os corpos na dança no ensino convivem na tensão entre hibridação e mestiçagem, o que acarreta a emergência de discursos pelo corpo tomado como instrumento e discursos pelo corpo tomado como sujeitos