Estruturação genética e polimorfismos fixados no gene period entre populações naturais de Lutzomyia longipalpis no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: COSTA JUNIOR, Cesar Raimundo Lima
Orientador(a): ORTIGÃO, José Marcelo Ramalho
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Genetica
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/17908
Resumo: O status taxonômico de espécie tem se mostrado essencial em relação a conservação de espécies como também para estudos eco-epidemiológicos. O status taxonômico em insetos vetores tem demonstrado que muitas espécies anteriormente ditas como únicas, compreendiam, na verdade, um complexo de espécies crípticas em que seus integrantes podem ter capacidades vetoriais diferenciadas, e.g. Anopheles gambie Lutzomyia longipalpis sl, inseto vetor da Leishmania infantum (agente etiológico da leishmaniose visceral americana), possui status taxonômico ainda controverso e diversos estudos têm sido realizados à fim de esclarecer o real status deste vetor. Apesar de diversas populações apresentarem características exclusivas (e.g. feromônios, sons copulatórios, padrões de manchas abdominais e estrutura genética), a quase duas décadas apenas uma espécie do complexo foi descrita, a L. pseudolongipalpis. Foi avaliado três localidades do nordeste do Brasil, das quais duas possuem como barreira geográfica a Chapada do Araripe. Foram utilizadas metodologias robustas como Análise de Máxima Verossimilhança, Teste de atribuição e AMOVA.Este estudo utilizou um fragmento do gene period, sendo que o Teste de Atribuição, Fst e a Máxima Verossimilhança separaram agruparam os dados genéticos com as diferenças fenotípicas e pela primeira vez o AMOVA demonstrou que a maior variação genética estava na relação entre o número de manchas abdominais e a estrutura genética das populações, sendo o primeiro trabalho a evidenciar a ancestralidade do fenótipo que apresentava uma mancha abdominal (1S) em relação ao fenótipo com duas manchas (2S). O Fst encontrado evidenciou, pela primeira vez, as relações filogeográficas separando moderadamente as populações isoladas pela a chapada do Araripe.