Divergência e conservantismo de nicho em pares de aves alopátricas na caatinga e no chaco

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: FREITAS, Lays Viturino de
Orientador(a): NAKA, Luciano Nicolás
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Biologia Animal
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Ave
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/32276
Resumo: A adaptação dos organismos ao meio onde eles habitam é fundamental para a sobrevivência das populações e evolução das espécies. As Florestas Sazonalmente Secas (FSS), localizadas na diagonal seca sul-americana, representam um laboratório natural para entender a influencia das condições ecológicas no processo evolutivo das espécies. Numerosas espécies de diferentes grupos biológicos (principalmente animais e plantas) possuem populações alopátrica na Caatinga e no Chaco, os dois principais blocos de florestas secas da região Neotropical. Este trabalho teve como objetivo testar hipóteses de divergência versus conservantismo de nicho em 12 pares de populações/táxons de aves com distribuições alopátricas nessas duas florestas secas. Utilizamos o teste de identidade para avaliar o grau de diferenciação dos nichos entre cada par de populações/táxon e o teste de fundo (background) para testar se as diferenças encontradas eram maiores do que esperadas ao acaso, dada a variação ambiental natural de duas regiões geográficas distintas. Ambos testes foram realizados usando Modelos de Nicho Ecológico e Analises de Ordenação (PCA-env). Os resultados para ambas metodologias usadas apontaram que na maior parte dos casos, existe um claro conservantismo de nicho entre as populações alopátricas. Estes resultados sugerem que o atual padrão de distribuição destas populações se encaixa com a tolerância natural das espécies, e não representam casos de diferenciação ecológica. Concluímos que as diferenças observadas no fenótipo e genótipo das populações isoladas, possivelmente sejam o resultado de mudanças neutras e não o resultado direto de adaptações às características ambientais de ambos ecossistemas.