Purificação de lectina de folhas de Bowdichia virgilioides, interação molecular e avaliação fitoquímica e biológica do extrato salino

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: CINTRA, Alcides Jairon Lacerda
Orientador(a): CORREIA, Maria Tereza dos Santos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Bioquimica e Fisiologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/48092
Resumo: As plantas são fontes naturais de muitas moléculas biologicamente ativas, como lectinas, que são proteínas ou glicoproteína capazes de reconhecer e se ligar a carboidratos ou glicoconjugados de maneira específica e reversível. E também é fonte de muitos outros metabólitos com alto potencial biotecnológico. Nesse sentido, o objetivo desta tese foi purificar lectina de folhas de B. virgiliodes, analisar sua interação molecular, e avaliar o extrato salino quanto a composição química e atividades biológicas. Para purificação da lectina foi preparado extrato salino das folhas, em seguida foi centrifugado, filtrado, e o sobrenadante foi dialisado e liofilizado (extrato salino). Posteriormente esse produto foi ressuspendido em água destilada e purificado em duas etapas de cromatografia de gel filtração, para obtenção da lectina. Após a purificação, foi realizado AH, inibição da AH por proteínas e carboidratos, e avaliação da interação lectina-proteína por espectroscopia de fluorescência intrínseca. Com o extrato salino foi analisado a composição química por LC-MS e avaliado sua ação antioxidante, antibacteriana, antifúngica, antibiofilme, citotóxica, hemolítica, anti-hemolítica, fotoprotetora, larvicida, e proteolítica. Por fim, foi quantificado fenóis, proteínas, carboidratos (totais e redutores) e ácido hexurônico. Os resultados apresentaram a purificação da lectina de folhas de B. virgilioides, BovLL. A qual apresentou interação com proteínas e carboidratos, em todos os ensaios avaliados. Nos ensaios com o extrato, foram identificados seis compostos majoritários e suas respectivas massas. O mesmo apresentou atividade antioxidante por DPPH, ABTS e FRAP. Atividade antibacteriana para Gram-positivas, S. pyogenes, S. aureus e E. faecalis (CMI e CMB: 250 e 500; 500 e 1000; e 1000 e 2000 μg / mL, respectivamente). Citotoxicidade em células cancerígenas (HT-29) ≥ 125 μg / mL e não para células normais (L929) até 500 μg / mL. Não apresentou toxicidade em larvas de A. salina e A. aegypti até 250 μg / mL e 1000 μg / mL, respectivamente. Não foi hemolítico até 2000 μg / mL, e foi anti-hemolítico até 1,95 μg / mL. O espectro de absorção revelou pico máximo em 280 nm (UVB) e FPS de 25,24 a 2000 μg / mL. Também apresentou 80% (U / mg) de atividade proteolítica. Finalmente foi quantificado o conteúdo de proteínas, carboidratos (totais e redutores), ácido hexurônico, e fenóis, respectivamente: 10 mg / mL, 62,85%, 17,0%, 19,18%, e 235,759 mg GAE / g. Portanto, foi purificada a primeira lectina de folhas de B. virgilioides (BovLL), com interações e biologia estudadas. E também foi obtido o extrato salino, com seis compostos químicos identificados e diferentes atividades biológicas testadas.