Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
ANDRADE, Guilherme Medeiros Soares de |
Orientador(a): |
MAGNANI, Fábio Santana |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Engenharia Mecanica
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/39229
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Resumo: |
Como forma de caracterizar e quantificar o tráfego e o consumo de combustível nas cidades é costume adotar um ciclo padrão que possibilite, de forma reproduzível, aferir as emissões e consumo dos veículos em laboratório, seguindo a norma local. Os ciclos padrão, por se tratar de ciclos genéricos construídos para abranger uma ampla região, não conseguem representar as especificidades de cada cidade, mas, fornecem uma média do conjunto. Devido à esta deficiência dos ciclos padrão, foi desenvolvido, neste trabalho, um método simplificado de construção de um ciclo de condução específico, que demanda apenas um GPS de celular, veículos, pilotos de teste e de um modelo computacional criado com a finalidade de quantificar os parâmetros cinemáticos de um ciclo de condução e o consumo de um determinado veículo nesse ciclo. O método desenvolvido foi aplicado para a criação do ciclo de condução da cidade do Recife, sendo possível a análise do ponto de vista energético (consumo de combustível) e cinemático (velocidades e acelerações médias, tempo, distância, dentre outros parâmetros) das diferenças existentes entre o tráfego médio do Recife e o ciclo imposto pela norma brasileira NBR 7024:2017, da Associação Brasileira de Normas Técnicas, para qualquer veículo (carro ou moto) que se deseje avaliar. A análise dos ciclos do Recife mostrou que existe uma grande diferença entre as características de carros e motos (velocidade 43% maior para as motos). Ao compará-los ao ciclo padrão imposto, os carros apresentam velocidade inferior (43%) e aceleração similar. Já as motos apresentam velocidade similar, porém aceleração superior (57%). Para a análise energética feita para a frota brasileira de veículos, os estudos mostraram que existe um erro médio de 24% (a menos) no consumo de combustível entre o ciclo padrão de condução e o medido na cidade do Recife. Um levantamento realizado em 28 ciclos de condução locais para carros ao redor do mundo mostrou que existe uma variação média de 17% entre o consumo esperado nos ciclos e de 28% na velocidade média, revelando que não é possível, com um ciclo padrão, representar todas as regiões pelo recém exposto, o que evidencia que há necessidade de se construir e aplicar ciclos locais sempre que for possível. Além disso, foi possível evidenciar que existe uma forte correlação entre a autonomia e os níveis de aceleração nos ciclos de condução locais ao redor do mundo. |