Caracterização espectral de skarns mineralizados em W-Mo-Vesuvianita : o exemplo do skarn de Umbuzeiro Doce (PB)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: SILVA, Lília Albuquerque da
Orientador(a): CARRINO, Thaís Andressa
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Geociencias
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/51831
Resumo: A Província scheelitífera do Seridó é conhecida pela ocorrência de depósitos minerais de skarns mineralizados principalmente em W, Mo e Au. Neste trabalho, estudou-se bolsões de skarns de Umbuzeiro Doce, localizado na cidade de Santa Luzia (PB). Para a caracterização mineral, foi utilizada a técnica de espectroscopia de reflectância associada à análise petrográfica. Foram utilizadas 61 curvas espectrais que foram normalizadas pela técnica de remoção do contínuo, onde foi possível individualizar as principais fases minerais, estabelecendo-se os seguintes zoneamentos minerais: (i) a zona de mármore, com feições de absorção em 2340 e 2475 nm (C-O); (ii) a zona de tremolita mármore, com absorções típicas em 1393 (OH) e 2313 nm (Mg-OH); (iii) a zona de granada-vesuvianita que apresenta absorção principal em 2215 nm (OH); (iv) a zona de diopsídio-hornblenda com feição de absorção característica em 1153 nm (Fe2+); (v) a zona de wollastonita tardia, que não apresenta assinatura espectral diagnóstica. Cristais de molibdenita ocorrem na interface de mármore com zonas de alteração granada-vesuvianita e diopsídio- hornblenda. Apenas houve um registro de afloramento de mármore portador de cristais de vesuvianita violeta com potencial gemológico, diferenciada de outras variações por absorções de Cr3+ em ~548 e 680 nm. A partir das associações minerais e análise pontual da espectroscopia de reflectância, foram gerados índices espectrais, de forma a automatizar e otimizar a identificação de zonas potenciais à exploração de Mo, W e de vesuvianita gemológica. Os índices elaborados foram o índice espectral de mármore (MI = ρ2414 nm/ρ2475 nm), o índice espectral de tremolita mármore (TMI = ρ1360 nm/ρ1393 nm), o índice espectral da zona de granada-vesuvianita (GVI = ρ2140 nm/ρ2215 nm); o índice espectral da zona de diopsídio-hornblenda (DHI = (ρ500 nm/ρ1153 nm)/ρ1380 nm), e o índice espectral de vesuvianita violeta (VVI = ρ476 nm/ρ548 nm). Esta metodologia baseada na caracterização espectral e criação de métricas espectrais pode ser usada como guia exploratório para ocorrências e depósitos de Mo e/ou W e vesuvianita violeta que apresentem um zoneamento mineral semelhante ao de Umbuzeiro Doce.