Petrografia e balanço de massa aplicados ao estudo da gênese dos skarns mineralizados em Cu da faixa Timbaúba – Malhada limpa, leste da faixa Seridó, NE do Brasil
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Geociencias |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/45915 |
Resumo: | A Faixa Seridó, localizada no Domínio Rio Grande do Norte da Província Borborema, é composta dominantemente por uma sequência metassedimentar neoproterozoica dividida em três formações: Jucurutu na base (mica xistos, paragnaisses e lentes de mármores), Formação Equador (quartzito e metaconglomerado) na porção intermediária, seguida pela Formação Seridó (biotita- granada xisto) no topo. Toda essa sequência é intrudida por um volumoso magmatismo granítico e pegmatítico, de idade ediacarana a cambriana. A ocorrência de grandes zonas de cisalhamento, brasilianas, permitiu a permeabilização de fluidos magmáticos ao longo de toda a sequência, o que resultou na formação de skarns regionalmente, principalmente relacionados às lentes de mármores. Sendo estes skarns classificados como do tipo W-Mo, o principal foco de exploração desde a década de 1940 foi o W. No entanto, na Faixa Timbaúba-Malhada Limpa, situada no flanco leste do antiforme que constitui a Serra das Umburanas, os skarns destacam-se também pela presença de minerais de cobre como malaquita e calcocita, considerados anomalia no âmbito regional. Estes skarns, estudados neste trabalho, apresentam-se ora bandados, ora maciços, sendo compostos majoritariamente por anfibólios (10 a 83%) dos tipos hornblenda e tremolita- actinolita, diopsídio (9 a 88%), calcita (1 a 8%), quartzo (1 a 16%) e oligoclásio (< 1 a 5%). Zircão (< 1%) e titanita (< 1%) ocorrem como principais minerais acessórios, além da formação tardia de minerais secundários como malaquita (< 1%), preferencialmente associados à covellita (< 1%) e pirita (< 1%). Os resultados das análises geoquímicas utilizados para caracterização dos skarns e rochas encaixantes revelaram, através do balanço de massa, que tanto o Cu quanto Bi foram aportados pelo fluido de maneira intensa durante a formação do skarn, tendo um ganho total de massa de cerca de 70 %. A análise integrada de dados da literatura e dados petrográficos apresentados neste estudo permitiram constatar que as mineralizações cupríferas denotadas por covellita + malaquita proveniente de transformação da pirita, se deu por aporte de Cu pelo fluido da fase retrógrada do metassomatismo (450 a 300 oC). É possível concluir, também, que a sequência de cristalização foi controlada pela queda na temperatura do sistema, dentro do mesmo evento metassomático. |