Integração de dados geológicos, geofísicos e de espectroscopia de refletância na área da Mina Bonfim (RN) : implicação à exploração de skarns mineralizados em Au-Bi

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: MESQUITA, Nayara Moreira de
Orientador(a): RIBEIRO, Vanessa Biondo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Geociencias
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/38381
Resumo: A Faixa Seridó abriga várias ocorrências de skarns mineralizados na Província Borborema, nordeste do Brasil. A área estudada, nas proximidades da Mina Bonfim, Lajes - RN, está inserida no Grupo Seridó, uma sequência metassedimentar neoproterozoica. O skarn polimetálico de W-Mo-Au-Bi-Te do Depósito Bonfim ocorre dentro de lentes de mármores e xistos da Formação Jucurutu ou no contato entre eles. Dados aeromagnetométricos, aerogamaespectrométricos e de espectroscopia de refletância foram utilizados para a caracterização de áreas de potencial econômico na região. A área de ocorrência dos skarns polimetálicos do Depósito Bonfim está inserida em um domínio de relevo magnético mediano, delimitado em mapa de anomalia magnética residual com filtro de amplitude do sinal analítico. A área também corresponde a uma região de anomalia positiva nos mapas de potássio anômalo e de fator F, os quais delimitam prováveis áreas de alteração hidrotermal. Zonas potenciais para a prospecção de Au-Bi-W foram selecionadas a partir da fusão de imagens de primeira derivada vertical, do mapa de potássio anômalo e de ocorrências de Au e W. Janelamento do mapa do sinal analítico apresenta quatro anomalias pequenas nas imediações da Mina Bonfim, similares à associada aos skarns polimetálicos da área da mina. As análises espectrais foram efetuadas em amostras do testemunho de sondagem SEB-241 (181 m de profundidade) utilizando espectrorradiômetro de alta resolução ASD-FieldSpec3. As zonas de skarn apresentam feições espectrais que sugerem a presença de diopsídio, actinolita/tremolita, clinozoisita-zoisita, mica branca/sericita e prehnita. Prehnita e epidoto constituem as principais fases minerais calcissilicáticas associadas à mineralização tardia de Au-Bi-Te. A prehnita tem feição de absorção diagnóstica em 1478 nm (OH) e o índice de prehnita, proposto nesse estudo de caso (razão de reflectância em 1465 nm por reflectância em 1478 nm), permitiu destacar seções ricas deste mineral ao longo do testemunho de sondagem. Dados de geoquímica do Au mostram uma forte correlação com a presença de feições de absorção da prehnita a partir de seu índice. Os resultados atestam que a assinatura espectral aparece como um indicador eficiente e confiável para a descoberta de áreas mineralizadas em ouro, geologicamente similares àquelas na área do Depósito Bonfim.