Olhar ao redor : pedagogia dos vídeos esféricos para o telejornalismo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: RODRIGUES, Ligia Coeli Silva
Orientador(a): FIGUEIREDO, Carolina Dantas de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Comunicacao
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/43331
Resumo: A tese investiga quais formas de pedagogia do olhar emergem no jornalismo com a possibilidade de olhar ao redor, através do uso de vídeos esféricos, feitos com câmeras que captam imagens em 360 graus. Defende-se a necessidade de uma pedagogia da visualidade jornalística, considerando que dar a ver difere de um ensinar o que ver, independente da tecnologia visual que se oferte. A metodologia de caráter quali- quantitativa incluiu revisão teórico-conceitual; construção da noção operatória de telejornalismo em 360 graus; entrevistas semiestruturadas com estudiosos do tema e jornalistas; além de pesquisa de caráter exploratório, descritivo e analítico, com o mapeamento de experiências e inventário de peças audiovisuais. O corpus empírico é constituído por 344 vídeos publicados em 28 meios de comunicação do Brasil no período de 2016 a 2019. Entre os resultados destacamos: a pouca aplicabilidade das pedagogias previstas para a tecnologia 360 graus; baixo aproveitamento de efeitos de imersão e presença; necessidade de aprimoramento das práticas relacionadas ao olhar ao redor; e uma materialidade que, após analisada, sugere a discordância dos usos previstos pelo panorama bibliográfico que estipulava determinadas usabilidades dessas câmeras no jornalismo. Para escapar de uma perspectiva errante e que beira a dispersão visual, apresentamos em caráter propositivo as intencionalidades de uso para esse formato, reivindicado aqui como recurso de observação dos entornos, considerando-os potentes áreas visuais onde se manifestam deixas simbólicas capazes de nos oferecer compreensões mais robustas sobre os fatos.