O espaço na narrativa literária e fílmica em O beijo da mulher-aranha

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Jacinto dos Santos Filho, José
Orientador(a): da Piedade Moreira de Sá, Maria
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/7771
Resumo: O espaço literário e fílmico não é vazio, é cheio de nossos sonhos, desejos, ideais, valores, crenças, de tudo aquilo que move nossa existência e nos faz ter experiência. Esse espaço é mundo no mundo de nossas narrativas. Assim, procuramos pesquisar o texto literário e a imagem cinematográfica numa perspectiva interdisciplinar e fenomenológica, visando refletir sobre o discurso intersemiótico do espaço na prosa romanesca contemporânea e as implicações discursivas da tradução de uma linguagem noutra linguagem, a fílmica. No filme como no romance, o espaço se realiza pelas conexões estabelecidas entre personagem e ambientação imaginária e pelo sujeito-leitor-espectador diante da representação espacial sugerida pelos objetos de representação. As imagens projetadas na tela do cinema permitemnos tocá-las, pois, quando vemos, segundo Merleau-Ponty (2004), por princípio, tudo está a nosso alcance. E na literatura, pela leitura, conforme Merleau-Ponty (2002: 35), ocorre um confronto entre os corpos gloriosos e impalpáveis de minha fala e da fala do autor , isto é, as imagens construídas pela literatura se dão pela nossa experiência de mundo, tudo que vemos, tocamos, cheiramos, por senti-lo, somos capazes de identificá-lo a partir do que fala ou escreve o outro. A literatura se confraterniza com o imaginário de seu sujeito-leitor. Imaginário, aportando-nos em Bachelard, entendido a partir da relação que o ser-pensante mantém com as imagens ou conjunto de imagens que compõem seu repertório no espaço que ocupa. O espaço na narrativa literária e na fílmica em O Beijo da Mulher-Aranha, que é percebido ou imaginado em ambas narrativas, é uma instância decisiva para a construção das tramas