Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Silva, Lícia Vasconcelos Carvalho da |
Orientador(a): |
Eickmann, Sophie Helena |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Saude da Crianca e do Adolescente
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/16390
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Resumo: |
Uma suscetibilidade genética materna e fetal para o parto prematuro espontâneo tem sido foco de investigações científicas que buscam melhorar a compreensão da fisiopatologia da prematuridade.O gene da lectina ligante de manose 2 (MBL2)participa da regulação da resposta inflamatória materna e fetal, enquanto o gene da sintase de óxido nítrico 3 (NOS3) relaciona-se aocontrole da contratilidade uterina durante a gestação, sendo possível que ambos estejam associados ao parto pré-termo. Diante disso, esta pesquisa objetivou avaliar a influência de polimorfismos funcionais nesses genes sobre o parto prematuro espontâneo, controlando por fatores de risco socioeconômicos, demográficos e gestacionais. Realizou-se um estudo clínico com um grupo de comparação composto por 189 díades puérpera-neonato, sendo 104 de parto pré-termo espontâneo e 85 de parto a termo, no período de junho de 2013 a agosto de 2014, nas maternidades do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco e do Hospital Agamenon Magalhães. Os fatores de exclusão foram gestação múltipla, má-formação fetal e infecção congênita. Amostras de sangue periférico e do cordão umbilical foram coletadas para isolamento do DNA. Reação em Cadeia de Polimerase (PCR) convencional, seguida de sequenciamento dos produtos da PCR, e PCR em Tempo Real foram realizadas para genotipagem do MBL2 e NOS3, respectivamente. A análise manual das sequências alélicas do MBL2 utilizou o programa CodonCode Aligner 5.0, enquanto os haplótipos foram verificados por meio do programa Haploview.Já a discriminação alélica do gene NOS3 utilizou o software SDS 2.3. Os dados foram analisados no programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS®) por meio de testes de associação bivariados e de regressão logística multivariada. Nas análises bivariadas, encontramos uma associação das variações nos códons 54 e 57 do gene MBL2 materno e das variações no rs7096206 (X/Y) e no códon 52 do neonato com o parto pré-termo espontâneo. O haplótipo LYA predominou na amostra total, sendo mais observadono grupo de parto prematuro, enquanto o haplótipo LYB foi mais frequente no grupode parto a termo. Além disso,as puérperas de parto prematuro apresentaram maior frequência de haplótipos que levam a uma produção alta da proteína MBL, enquanto nas de parto a termo prevaleceram aqueles que ocasionam uma baixa produção protéica. O polimorfismo genético do gene NOS3 materno demonstrou associação limítrofe com a ocorrência da prematuridade.Na análise multivariada, a variação no códon 54 do gene MBL2materno, a história prévia de partos prematuros, a ocorrência de rotura prematura de membranas, a presença de infecção do trato urinário no momento do parto e o baixo peso da gestante demonstraram associação com o desfecho. O resultadoconcorda com a etiologia multifatorialdo parto prematuro e sugere que níveis elevados de proteína MBL podemrepresentar risco para essa intercorrência. Esses dados devem ser interpretados com cautela em virtude do pequeno tamanho amostral, porém fornecem informações exploratórias relevantes sobre a influência dos genes MBL2 e NOS3na prematuridade.Além disso, reforçam a importância do acompanhamento pré-natal adequado para identificação de outros fatores de riscos maternos associados ao parto pré-termo espontâneo. |