Fatores associados à persistência do carcinoma diferenciado de tireoide um ano após radioiodoterapia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: GUIMARÃES, Giulliana Nóbrega
Orientador(a): VILAR, Lucio
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Ciencias da Saude
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/16677
Resumo: INTRODUÇÃO: O carcinoma diferenciado de tireoide (CDT) é avaliado e tratado de acordo com fatores prognósticos. Embora tenha um bom prognóstico, 14% dos pacientes considerados como de baixo risco de recorrência podem apresentar doença persistente mesmo com tratamento adequado. Por isso, estudos têm sido realizados no intuito de encontrar outros possíveis preditores de persistência do CDT. OBJETIVO: Avaliar que fatores clínicos, laboratoriais e anatomopatológicos estão associados à persistência do CDT um ano após radioiodoterapia (RIT). METODOLOGIA: Foi realizada uma revisão de prontuários, na qual foram incluídos 375 pacientes portadores de CDT. Foram coletados dos registros os dados clínicos (gênero e idade), resultados de dosagens de hormônio tireoestimulante (TSH), tireoglobulina (Tg) e anticorpo anti-tireoglobulina (AATg) antes e um ano após RIT, resultados de varredura de corpo inteiro (PCI) após dose ablativa de radioiodo (131I) e um ano após tratamento inicial, além de laudos dos exames histopatológicos. A partir dos dados obtidos, foi realizada análise bivariada e as variáveis que apresentaram significância inferior a 20,0% (p < 0,20) foram submetidas à análise multivariada através do modelo de regressão de Poisson. Para se chegar a um valor de Tg estimulada (TgE) capaz de predizer os pacientes que teriam maior chance de persistência de doença, foi realizada uma curva ROC. RESULTADOS: Observou-se associação significativa entre persistência de doença e idade inferior a 45 anos (p=0,001), multifocalidade (p=0.008) e tamanho tumoral entre 2 a 4 cm (p=0,002). Além disso, verificou-se associação significativa entre da TgE e persistência do CDT (p<0,001). O ponto de corte de TgE pré-dose com maior sensibilidade e especificidade para prever persistência de doença foi de 7,4 ng/mL. Utilizando este valor encontramos um valor preditivo negativo (VPN) de 87,5%. CONCLUSÃO: Neste estudo encontramos uma forte associação entre persistência do CDT e faixa etária, tamanho tumoral, multifocalidade e Tg estimulada pré-ablação. A Tg estimulada pré-ablação mostrou-se um valioso preditor de persistência de CDT um ano após RIT. Valores de 7,4 ng/mL ou mais mostraram maior sensibilidade e especificidade para prever este desfecho.