Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Ribeiro, Beatriz de Castro |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/214277
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Resumo: |
Embora a tireoglobulina (Tg) seja o principal marcador tumoral para detectar persistência/recorrência dos carcinomas diferenciados da tireoide (CDT), a presença de anticorpos antitireoglobulina (TgAb) pode interferir na sua dosagem. Nestes casos, sugere-se que o TgAb possa ser utilizado como marcador substituto da presença do tumor. Porém, ainda persistem dúvidas quanto ao papel prognóstico desse anticorpo. Objetivos: Este estudo objetiva determinar, em pacientes com CDT e TgAb positivo, se os níveis iniciais do anticorpo, sua variação nos 12 meses após o tratamento inicial, e o tempo para sua negativação predizem a obtenção de uma resposta terapêutica excelente na última avaliação do paciente. Também, elaborar protocolo orientando quanto à solicitação do anticorpo nesses casos. Casuística e Métodos: Tratou-se de uma coorte retrospectiva, baseada na análise dos prontuários de 45 pacientes com CDT e TgAb positivos, com seguimento mínimo de 36 e médio de 89,9 meses. Foram avaliados o nível inicial de TgAb, logo após a tireoidectomia total (TT), o seu percentual de variação nos 12 meses consecutivos e o tempo para negativação do anticorpo. Os pacientes foram divididos em 3 grupos de acordo com a variação percentual do TgAb: grupo 1 (redução ≥ 50%), grupo 2 (estabilidade ou redução < 50%) ou grupo 3 (aumento ≥ 10%). Os casos com e sem resposta excelente na última avaliação também foram comparados quanto a dados clínico-epidemiológicos, histopatológicos e de estadiamento. O principal desfecho avaliado foi a presença de resposta excelente na última avaliação. Resultados: Os pacientes com e sem resposta excelente diferiram quanto ao diâmetro tumoral (1,19±0,52cm vs 1,90±1,24cm; p=0,015), às concentrações iniciais de TgAb [54,88 ± 46,50UI/mL versus (vs) 385,11 ± 567,48UI/mL; p=0,0002] e ao tempo para negativar o TgAb (9,75 ± 5,57 vs 37,00 ± 30,42 meses; p=0,001). Na análise multivariada, as concentrações iniciais de TgAb [OR:0,983 (IC95%: 0,970-0,997); p=0,0467] e tempo para negativar o anticorpo [OR:0,812 (IC95%: 0,701–0,941); p=0,0467] mantiveram significância para o desfecho resposta excelente na última avaliação. O cutoff de 13 meses para negativação do TgAb apresentou sensibilidade e especificidade de 80% (p=0,001) e o valor inicial de TgAb de 50,9UI/mL apresentou sensibilidade e especificidade de 68% e 55%, respectivamente (p=0,001), para obtenção desse desfecho. Não se observou associação significante entre a variação percentual dos níveis do anticorpo durante os 12 meses após o tratamento inicial e o desfecho. Conclusão: Em pacientes com CDT e com TgAb 19 positivo, as concentrações iniciais do anticorpo, após a tireoidectomia total, bem como o tempo para sua negativação, foram considerados fatores independentes para a obtenção de resposta excelente na última avaliação. Níveis iniciais do TgAb menores que 50,9 UI/mL e tempo para negativar o anticorpo inferior a 13 meses apresentaram consideráveis sensibilidade e especificidade para prever esse desfecho. A variação do anticorpo nos primeiros 12 meses de seguimento não se associou a essa resposta. |