Padrões alimentares e sua associação com a gordura corporal : um estudo em pacientes com doença de Parkinson

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: SILVA, Julianne Cibele Rodrigues da
Orientador(a): CABRAL, Poliana Coelho
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Nutricao
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/45291
Resumo: O objetivo desse estudo foi identificar os padrões alimentares e sua associação com a gordura corporal em pacientes portadores da doença de Parkinson. O estudo, do tipo série de casos, foi realizado com pacientes adultos e idosos de ambos os sexos, em atendimento em dois centros de tratamento na cidade de Recife-PE no período de janeiro a junho de 2019. Foram coletados dados demográficos, socioeconômicos, clínicos antropométricos, dietéticos e de composição corporal dos indivíduos. O consumo alimentar foi avaliado utilizando-se o questionário de frequência alimentar e os padrões alimentares foram derivados por meio da análise fatorial pelo método de extração de componentes principais. Foram identificados três padrões alimentares: o padrão “Prudente”, o padrão “Misto” e o padrão “Tradicional brasileiro”. O padrão alimentar “Prudente” foi representado por alimentos como cereais, frutas e sucos naturais, verduras e legumes, peixes e laticínios. O padrão “Misto” foi composto por raízes e tubérculos, manteigas e margarinas, queijos, pães, biscoitos salgados, bebidas adoçadas e lanches. Enquanto o padrão “tradicional brasileiro” foi representado por alimentos como arroz, feijão, carnes, carnes processadas, óleos e molhos. O padrão alimentar “Prudente” teve maior adesão de pacientes com mais de 60 anos (p=0,010) e com estadiamento da doença moderado/grave (p=0,056). Já o padrão “Misto” foi mais aderido pelos pacientes do sexo masculino (0,042) e aqueles residentes na capital (0,027). O padrão alimentar “Tradicional brasileiro” também teve uma maior adesão dos pacientes do sexo masculino (0,042) e daqueles sem excesso de peso (0,042). A análise de regressão logística constatou que o padrão “Tradicional Brasileiro” apresentou um efeito protetor contra o excesso de gordura corporal, independentemente da idade, do sexo, da renda, do estadiamento da doença e da presença de sarcopenia (OR: 0.54; IC95%: 0.30-0.97). Os dados evidenciam que um padrão alimentar composto por alimentos saudáveis, como o padrão “Tradicional Brasileiro”, pode proteger os pacientes contra o excesso de peso e de gordura corporal.