Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
CORREIA, Severino do Ramo |
Orientador(a): |
SOUZA, Edilson Fernandes de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Educacao
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/54854
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Resumo: |
Esta tese tem origem no Núcleo de Identidades e Memórias, do Programa de Pós-graduação em Educação, da Universidade Federal de Pernambuco, e minha pretensão é responder a seguinte questão: Montado nessa alegoria chamada vida, conseguirei, a tempo, sobre o palco onde ainda se constrói esse “Eu” Idêntico a cada dia, exibir as façanhas apreendidas e executadas entre 1952 e 2023? A periodização preambular corresponde ao ano de meu nascimento; minha aterrisagem na Travessa da Colina, no bairro do Fundão, em Recife-PE; quando Getúlio Vargas assume, pela segunda vez, a presidência do Brasil; minha estreia no campo do ensino aos 5 anos de idade, antes mesmo de entrar no curso primário, meu começo escolar na Escolas Reunidas Felipe Camarão, em Olinda-PE., e a peregrinação em tantas outras; e o desenlace do recorte espaço-temporal diz respeito à defesa deste estudo na perspectiva da narrativa de si. Dessa forma, a investigação está ancorada nos seguintes objetivos: a) contribuir com as pesquisas autobiográficas e educação no Brasil; b) analisar autonarrativa construída em relação a minha identidade sócio racial, para entendê-la a partir do próprio método autobiográfico; c) levantar e analisar fontes que possam oferecer um entendimento de como pude me reinventar por meio das etapas e ciclos vividos, conhecendo mais de mim, enquanto experienciava as mudanças no sistema e métodos educacionais ao longo de minha trajetória. Considerando o que diz Aróstegui (2006) sobre a fiabilidade e adequação (originalidade e abundância de fontes), esta tese se estrutura a partir do seguinte corpus documental: iconografia (fotografias, desenhos e autorretratos), recortes de jornais, poesias e crônicas, livros, arquivos pessoais e de familiares, depoimentos espontâneos de ex alunos e admiradores do Movimento Negro do Recife, bem como minhas próprias memórias, gravadas e transcritas, especialmente para manuseio nesta tese. Para análise e interpretação dessas fontes, dialogo com os seguintes autores: Nóvoa (1992), Bourdieu (2005), Elias (1994), Souza, E. C. (2006), entre outros, Passeggi (2010), Passeggi e Abrahão (2012), Ferreira (2015) e Souza, E. F. (2020a; 2020b). O pano de fundo da minha trajetória semprefoi a educação, ladeada pelas artes, a política, esportes, as ciências humanas e as tradições de povos originários, principalmente negros. Por conseguinte, a hipótese se materializa em vários“Eus Idênticos”, pois educado na leitura e na busca do conhecimento e retidão no caráter, fez de mim um exibicionista ciclotímico – “seção de educação” - sempre disposto a aprender, paracontribuir mais e melhor, tal qual um negro Mina, que “chega em pensamento onde não chegaseu braço”; o que resulta na ideia do Eu Idêntico, antes disperso em várias formas e conteúdos. |