[en] BURGESS POR DENTRO: ESPAÇOS (AUTO)BIOGRÁFICOS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: AMAURY GARCIA DOS SANTOS NETO
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=26044&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=26044&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.26044
Resumo: [pt] Esta tese discute criticamente e questiona pressupostos teóricos que orientam a recepção de escritas de si como textos referenciais definidos pela tripla identificação entre autor, narrador e personagem. Em seu lugar, sugere-se um modelo que acentua o caráter construtivo de discursos (auto)biográficos, ambiguamente localizados entre fatos e ficções. Neste âmbito, propõe-se analisar comparativamente autobiografia e romance autobiográfico, a partir de conceitos tais como biografema e espaço biográfico. Tais conceitos possibilitam uma dinâmica relacional que proporciona construções (auto)biográficas alternativas que buscam dar conta da flexibilidade e complexidade inerente ao conceito de identidade como concebido no cenário contemporâneo. Baseado na hipótese de que textos referenciais recebem menor investimento afetivo por parte do leitor quando comparados a textos cujos processos de deciframento são mais complexos, como no caso de textos literários, evidencia-se a criação de um espaço relacional entre o primeiro tomo da autobiografia do romancista inglês Anthony Burgess, O pequeno Wilson e o grande Deus (1993), e um romance de sua autoria, Enderby por dentro (1990). A partir deste espaço, são abordados fragmentos autobiográficos recorrentes nos dois títulos que, por serem construídos por meio de estratégias distintas, provocam diferentes efeitos e afetos. Quando comparados, tais efeitos geram novas dimensões de compreensão acerca da complexidade da identidade da figura em foco. Neste sentido, a tese busca comprovar a hipótese de que na escrita (auto)biográfica, a própria motivação e finalidade documental referencial pode ser minimizada em favor da proposta estética, que tem o potencial de proporcionar maior complexidade à identidade (auto)biográfica.