Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
GOMES, Dayane Correia |
Orientador(a): |
CORREIA, Maria Tereza dos Santos |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso embargado |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Bioquimica e Fisiologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/37867
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Resumo: |
Lectinas são proteínas amplamente distribuídas na natureza, podendo ser encontradas em vírus, bactérias, fungos, vegetais e animais. As lectinas apresentam especificidade a carboidratos e/ou glicoproteínas, são proteínas muito heterogêneas quanto a estrutura e especificidade a glicídios, características que lhes conferem grande potencial terapêutico. Egletes viscosa (macela) é uma planta que apresenta muitos componentes bioativos como extratos, óleos essenciais e flavonoides descritos na literatura com atividades, anti-inflamatórias, antinociceptiva, gastroprotetora e antibacteriana. O presente estudo teve como objetivo purificar, caracterizar e avaliar o potencial citotóxico da lectina extraída dos capítulos florais de E. viscosa. Os capítulos florais secos de E. viscosa foram triturados e com a farinha resultante foi realizada a extração proteica em solução de NaCl 0,15 M em agitação por 16 h, após foi realizado a precipitação proteica com sulfato de amônia na concentração de 0-20%, o precipitado da fração apresentou atividade hemaglutinante de 128. Após foi realizado purificação por cromatografia de gel filtração, obtendo dois picos, sendo que o segundo pico apresentou AH semelhante ao da fração, sendo nomeado de EgviL. A lectina após purificada foi exposta a variações de pH e variadas temperatura, EgviL se manteve estável em pH ácido e a temperatura de 60°C, em ensaios de eletroforese SDS-PAGE apresentou peso molecular de 28,8 kDa e ponto isoelétrico de 5,4 por focalização isoelétrica. De acordo com os ensaios de inibição a carboidratos a EgviL teve especificidade por glicose e galactose, ligação causada por forças eletrostáticas e hidrofóbicas de acordo com os resultados dos ensaios quenching de fluorescência e por 1H RMN foi visto que a interação da lectina a galactose ocorreu por interação aos hidrogênios 1 e 6 presentes na cadeia desse monossacarídeo, dos mesmo na presença da lectina. Nos ensaios de citotoxicidade por MTT e citometria de fluxo a lectina foi citotóxica para as células leucêmica. Conclui-se que a EgviL é uma proteína ácida que apresenta afinidade para dois açúcares e citotóxica para as linhagens leucêmicas, proteína com potencial biotecnológico promissor. |