Padrão alimentar de adolescentes de uma universidade pública : caracterização e associação com o estado nutricional

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: MENEZES, Jéssica Sybelle da Silva
Orientador(a): CABRAL, Poliana Coelho
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Saude da Crianca e do Adolescente
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/40108
Resumo: O objetivo desta pesquisa foi identificar os padrões alimentares e sua associação com o estado nutricional de adolescentes recém-ingressos em uma universidade. Trata-se de um estudo transversal aninhado a uma coorte, com 206 estudantes com mediana de idade de 18,0 anos (intervalo interquartílico [IIQ]: 18-19), de ambos os sexos, regularmente matriculados nos cursos de graduação na área de saúde da Universidade Federal de Pernambuco, dos campi Recife e Vitória de Santo Antão. Foram coletados dados demográficos, socioeconômicos, do estilo de vida, antropométricos (peso, altura, circunferência da cintura) e de composição corporal (% de gordura corporal). O consumo alimentar foi analisado utilizando-se o questionário de frequência alimentar e os padrões alimentares foram derivados por meio da análise fatorial pelo método de extração por componentes principais. Foram identificados dois padrões alimentares: o padrão “Ocidental” explicou 22% da variância e foi composto majoritariamente por alimentos de elevada densidade energética e de baixo valor nutricional, enquanto o padrão “tradicional brasileiro” explicou 14% da variância e continha alimentos da culinária brasileira e nordestina como arroz, feijão, milho, raízes e tubérculos, além de alimentos ricos em fibras e micronutrientes como frutas, verduras e legumes. Foi observada associação positiva entre o padrão alimentar “Ocidental” e o sexo feminino (β = 0,37; p = 0,027), estudantes dos cursos de enfermagem (β = 0,78; p <0,001) e odontologia (β = 0,53; p = 0,008) e por adolescentes sedentários/ insuficientemente ativos (β = 0,30; p = 0,034). O padrão “tradicional brasileiro” foi negativamente associado aos estudantes do curso de enfermagem (β = -0,38; p = 0,037), farmácia e terapia ocupacional (β = -1,05; p = 0,005). Houve associação negativa entre o padrão “tradicional brasileiro” e o IMC (β = -0,757; p = 0,038) e % de gordura corporal (β = -1,315; p = 0,047) no sexo feminino. Padrão alimentar composto por alimentos saudáveis como o padrão “tradicional brasileiro” pode proteger as adolescentes contra o excesso de peso e de gordura corporal. Em contraste, a adesão ao padrão “Ocidental” alerta o papel da universidade na promoção da alimentação saudável entre os futuros adultos jovens profissionais de saúde.