Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
FRANÇA, Ana Karla da Silva |
Orientador(a): |
CABRAL, Poliana Coelho |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Saude da Crianca e do Adolescente
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/38425
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Resumo: |
O objetivo deste estudo foi avaliar o consumo de alimentos de risco e proteção para doenças crônicas não transmissíveis e sua associação com o excesso de gordura corporal em adolescentes ingressantes em graduações da Universidade Federal de Pernambuco, campi Recife e Vitória, e investigar as variações ocorridas nas medidas antropométricas, de composição corporal e no consumo alimentar, após um ano de vida acadêmica. Trata-se de um estudo transversal aninhado a uma coorte. No baseline, a amostra consistiu em 206 estudantes, com média de idade de 18,2 ± 0,8 anos e 71,4% do sexo feminino. Após um ano, 107 deles foram reavaliados. O padrão alimentar foi avaliado por meio de escores e frequências de consumo de alimentos/bebidas de risco e proteção para doenças crônicas. O excesso de gordura corporal foi avaliado por bioimpedância elétrica. Foram encontradas prevalências de 19,9% para excesso de peso, 40,3% de excesso de gordura corporal e cerca de 18,0% de obesidade abdominal. Maiores medianas de escores de consumo de alimentos de risco foram observadas nas moças, em relação aos rapazes (p=0,004), e pelos jovens pouco ativos/sedentários, em relação àqueles muito ativos (p=0,002). Estudantes com 18-19 anos apresentaram maiores medianas de escores de alimentos protetores, em relação àqueles com ≤17 anos (p=0,017). Estudantes abaixo do primeiro tercil do escore de consumo de alimentos de proteção apresentaram probabilidade 1,73 vez maior de apresentar excesso de gordura corporal (p=0,002). Após um ano de seguimento foi observado, entre os rapazes, ganho de peso (1,2kg) e aumento no IMC (0,4kg/m2). Nas moças, o ganho em peso correlacionou-se positivamente com a gordura corporal. A evolução das medianas dos escores mostrou redução do consumo de alimentos de risco pelas estudantes (p=0,001). No entanto, em ambos os sexos, as frequências de consumo de alguns alimentos de proteção reduziram, enquanto os rapazes consumiram mais frequentemente alimentos de risco. As variações no IMC e %GC correlacionaram-se positivamente com a variação no consumo de refrigerante, e negativamente com as variações no consumo de laranja e salada crua. O desequilíbrio no consumo alimentar e as alterações antropométricas e de composição corporal dos estudantes são preocupantes, sobretudo por se tratarem de indivíduos jovens e da área de saúde. É necessária a realização de ações de educação alimentar e nutricional, no intuito de melhorar os hábitos alimentares e composição corporal dos estudantes. |