Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
SILVA, Daniela Florêncio da |
Orientador(a): |
COZIC, Bertrand Roger Guillaume |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Geografia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/17958
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Resumo: |
A seguinte pesquisa tem como objetivo a compreensão dos fatores estruturantes da dinâmica territorial do campo de refugiados de Dadaab no Quênia. Formado em 1991 pela migração forçada do povo somali, em virtude da eclosão da guerra civil em seu país, esse campo de refugiados, hoje, abriga 348 mil pessoas de diferentes nacionalidades e contextos de deslocamento forçado. A dimensão desse fenômeno, não é só percebida por ser o maior campo de refugiados no mundo, mas pela complexidade de fatores envolvidos em sua formação. A sua origem é aqui relacionada, desde o processo de migração forçada. A suspensão da vida dessas pessoas, que ao ultrapassarem a fronteira política de seus países, tornam-se refugiadas, não se refere apenas à perda de seus direitos políticos ou de sua cidadania, mas a uma suspensão de “sentidos” e de continuidade ocasionada pela sua contenção territorial nesse campo de refugiados. A sua jornada ou movimento em busca de um refúgio temporário é paralisada e transformada em espera e contenção. O campo de refugiados de Dadaab, formado em um contexto de “emergência”, transformou-se em um território de exceção, através de uma prática de contenção territorial informal adotada pelo governo queniano. A persistência de suas vidas no campo, em meio a muitas proibições, desenvolveu um processo de reterritorialização precário, mas confrontado por resistências, contornos e permeado por transterritorialidades e encontros. |