Os Abismos da poeticidade em Jomard Muniz de Brito do Escrevivendo aos Atentados poéticos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: MELO NETO, Moisés Monteiro de
Orientador(a): RODRIGUES, Lucila Nogueira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/7755
Resumo: Na psicanálise selvagem da cultura brasileira, reaproximando arte e vida, cidade e cosmos, economia libidinal e economia política, intuição e rigor, crítica cultural e poeticidade, encontra-se a produção literária do pensador Jomard Muniz de Britto: a desmitificar, através do veneno do novo , a fazer crítica da alienação, sugerir estratégias para uma nova visão do fazer cultural, do ser e estar no mundo. Trata-se, em alguns momentos, de uma negação positiva por uma existência melhor. É uma poeticidade-experiência cristalizando no mesmo texto humor e horror em voz cosmopolita, de constituição firme, político-humanista, verso em crise, invenção constante que não coloca em primeiro plano rigorosas concepções racionais de estrutura, mas aposta em plurivalência semântica, estrutura poemática de linha construtiva. O sujeito-objeto assim não quer ser sozinho, não quer simplesmente produzir sentido, mas o traço de união, o registro múltiplo de tempo e espaço, buscando o sentido seguinte e não objetivando a última palavra. O óbvio e o abismo enfrentam-se numa linguagem sem garantias, onde se encontra o dessujeitamento em relação à opressão promovida pelos discursos do poder. A transformação do que se é: eis o que esta produção literária solicita como condição para o ser verdadeiro; não a morte do sujeito, mas o seu desaparecimento diante de singularidades plurais