Moradia em um serviço residencial terapêutico : o olhar de uma profissional da Saúde Mental
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Psicologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/38823 |
Resumo: | Esta pesquisa tem como objetivo compreender a vivência da moradia por moradores de um Serviço Residencial Terapêutico localizado no estado de Pernambuco, considerando os paradoxos existentes numa casa- serviço. Trata-se de uma investigação qualitativa que parte da perspectiva do construcionismo social. Considerando que se trata de casas regulamentadas por uma Portaria ministerial, a 106/2000, que sanciona diretrizes de funcionamento, serão discutidos os paradoxos envolvidos numa casa, que é, ao mesmo tempo, um serviço, bem como implicações disto na vida dos moradores. O lócus da pesquisa foi um Serviço Residencial Terapêutico localizado em um município do estado de Pernambuco. A metodologia é composta por encontros distribuídos e negociados durante três semanas, com inspiração etnográfica, por meio da inserção no dia a dia dos moradores, fazendo uso de observação participante. Os registros foram feitos em diário de campo, posteriormente organizados e sistematizados para análise. A pesquisadora ocupou quatro lugares ao longo da investigação: o de pesquisadora, mulher, psicóloga e, por último, pessoa já familiar. Como resultados, foi percebido que a casa se organiza em torno de questões de gênero, sexualidade e raça. Além disso, conseguiu-se observar os repertórios interpretativos dos moradores em relação à casa, além de conflitos geracionais entre eles próprios. Aponta-se, por fim, o que seria uma reabilitação psicossocial possível, sem perder de vista os paradoxos envolvendo uma residência terapêutica. Espera-se, desta forma, contribuir para a visibilidade da potência dos Serviços Residenciais Terapêuticos e da Reforma Psiquiátrica, principalmente em tempos de ameaça a sua continuidade. |