Pessoas não binárias na educação : problematizando inteligibilidade dicotômica de pós-graduandes da UFRPE

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: SILVA, Rivaldo Mendes da
Orientador(a): MIRANDA, Marcelo Henrique Gonçalves de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Educacao Contemporanea / CAA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/54101
Resumo: Esta pesquisa tem como objetivo geral compreender como as pessoas não binarias percebem seu reconhecimento em seus Programas de Pós-graduação (PPG) da UFRPE. O estudo parte de pressupostos pós-estruturalista, da teoria da performatividade, cisnormatividade, reconhecibilidade e reconhecimento. Nosso estudo foi motivado pela denúncia e problematização da inteligibilidade binária, supostamente, natural, normal e universal, que categoriza as identidades de gênero, de uma maneira, fictícia, exclusivamente em homem e mulher. Essa inteligibilidade binária não reconhece outras identidades de gênero, como a não binaridade, como possibilidades da pluralidade da existência humana. Essas violências são enfrentadas pelas pessoas LGBTQIAP+ cotidianamente em diversas instituições e dentre essas a educacional. Assim, a pesquisa se debruçou sobre os corpos não binários de estudantes de pós-graduação da UFRPE. Para o desenvolvimento desse estudo, utilizamos como recursos metodológicos: a técnica da snowball para realizar as entrevistas semiestruturadas. Esses dados foram compreendidos sob a Análise de Conteúdo (AC). Assim, levando em consideração o nosso objetivo geral, encontramos um cenário de cortes orçamentários para as universidades públicas e diminuição de bolsas de pesquisa para estudantes da pós-graduação. Nesse contexto, as pessoas não binarias que buscaram a pós-graduação como formação continuada, encontraram um ambiente mais hostil, porém, vale ressaltar que não foi mencionado violência física no referido campus. Entretanto, as pessoas não binárias perceberam alguns ganhos de reconhecimento com as pessoas LGBTQIAP+ se comprado com décadas passadas. As pessoas não binárias mencionaram ainda houvesse um reconhecimento maior delas na universidade é necessário mais políticas públicas educacionais de democratização e permanência delas no referido ambiente. Também mencionaram que havia a necessidade de formulários em que utilizem as opções de preenchimento para pessoas não binarias nas categorizações de gênero; mais grupos de pesquisa e projetos de extensão com a temática não binariedade; assim como se precisa utilizar pronomes neutros ou adequados às identidades das pessoas estudantes não binárias.