Avaliação da inibição de fatores de virulência e parede celular de isolados clínicos de Staphylococcus aureus resistente a meticilina após tratamento com lipossomas contendo β-lapachona

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: FLORENÇO, Alyson Mykael Albuquerque
Orientador(a): MAGALHÃES, Nereide Stela Santos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Biologia Aplicada a Saude
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/25775
Resumo: Introdução: Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA) tem sido um dos principais patógenos envolvidos em graves infecções hospitalares, apresentando altas taxas de morbidade e mortalidade, devido a sua resistência aos antimicrobianos atuais e produção de fatores de virulência. Assim, a comunidade científica busca novas opções terapêuticas que possam inibir esses fatores e consequentemente suas manifestações clínicas. A β-lapachona (β-lap), composto obtido principalmente através da semi-síntese do lapachol, molécula extraída da árvore “Ipê-roxo” (Tabebuia avellanedae), torna-se uma possível alternativa devido as suas propriedades farmacológicas, incluindo a atividade antibacteriana. Porém, essa molécula apresenta limitações, tais como, baixa solubilidade em água e toxicidade. Assim, os nanocarreadores, como, por exemplo, os lipossomas surgem como opções para ultrapassar essas limitações. Objetivo: O presente trabalho teve como objetivo avaliar o efeito da β-lapachona livre e encapsulada em lipossomas convencionais (β-lap_SACL) e furtivos (β-lap_NSL) na inibição de fatores de virulência e da parede celular de MRSA. Metodologia: A avaliação da capacidade da β-lap, β-lap_SACL e β-lap_NSL na inibição da produção da catalase foi avaliada através da medição de coluna de efervescência e a inibição da hemolisina através da atividade hemolítica. A inibição do biofilme de MRSA foi avaliada através da determinação da Concentração Inibitória Mínima do Biofilme (CIMB) e Concentração de Erradicação Mínima do Biofilme (CEMB). A inibição da parede celular de MRSA foi determinada através de análise morfométrica por microscopia eletrônica de transmissão. Resultado: β-lap_SACL e β-lap_NSL, em concentrações subinibitórias, apresentaram inibição da produção de catalase (em torno de 70%, 65% e 70%, respectivamente) e de hemolisina (em torno de 60%, 60% e 65%, respectivamente). Quanto à inibição do biofilme, CIMB variou de 4 a 16 μg/mL e CEMB variou de 4 a 64 μg/mL. β-lap, β-lap_SACL e β-lap_NSL também foram capazes de inibir a parede celular em percentuais que variaram de 40 a 60%. Conclusão: Esses resultados sugerem que β-lap encapsulada em lipossomas é uma opção terapêutica promissora na inibição dos fatores de virulência catalase e hemolisina, além de inibir a formação do biofilme e parede celular de MRSA.