Não tem certo, não tem errado : estratigrafia das vozes, significados e apropriações da cultura material na comunidade da Aldeia da Mina Grande – T.I Kapinawá (PE)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: OTAVIANO, Mariana Zanchetta
Orientador(a): CASTRO, Viviane Maria Cavalcanti de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Arqueologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/39557
Resumo: Essa pesquisa tem como objetivo específico investigar como os sítios arqueológicos presentes no território indígena Kapinawá tem sido apropriados pela comunidade e como eles contribuem para a formulação de significados e construção de conhecimentos. Empregamos múltiplas arqueologias para pensar o fazer arqueológico, investigamos as formas pelas quais os sítios arqueológicos em território indígena Kapinawá - PE foram utilizados para a elaboração de discursos sobre a identidade do grupo no processo de territorialização e reorganização social e étnica e como os Letreiros ajudaram a endossar a defesa de suas terras no tocante do uso das mesmas, desde tempos ancestrais. Trazemos também a questão da construção do conhecimento arqueológico e como os métodos científicos podem ser (re) pensados. Na estratigrafia das vozes unimos conhecimentos arqueológicos e da comunidade Kapinawá e apresentamos possibilidades de se pensar o passado no presente de maneiras múltiplas. Para alcançarmos as propostas de pesquisa realizamos visitas aos sítios arqueológicos acompanhados de membros da comunidade indígena e fizemos entrevistas projetivas com moradores da aldeia da Mina Grande, utilizando o material imagético produzido nos trabalhos de campo. Questionamos a manutenção de um status quo colonialista nas pesquisas arqueológicas e mediante reivindicações da comunidade sugerimos algumas reflexões para se pensar e se fazer uma arqueologia múltipla e multivocal, com a incorporação de diferentes demandas, perspectivas e epistemologias.