Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
LIMA, Izabela Rangel |
Orientador(a): |
MAIA, Maria Bernadete de Sousa |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Ciencias Farmaceuticas
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/33280
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Resumo: |
Indigofera suffruticosa é uma planta da família Fabaceae, utilizada na medicina popular como antiespasmódico e estomáquico. O objetivo deste trabalho foi avaliar as atividades hepatoprotetora e hepatocurativa do extrato etanólico das folhas de I. suffruticosa (EFIS) em modelo experimental de lesão hepática. Foram utilizados 35 camundongos albinos Swiss (n = 5 animais/grupo): i) sadios; ii) com lesão hepática induzida por paracetamol (PCM) e tratados com salina 0,9% (10 ml/kg; v.o.); iii) com lesão hepática induzida por PCM e tratados com com silimarina (25 mg/kg; v.o.); iv) pré-tratados com EFIS (50mg/kg; v.o) antes da indução da lesão hepática induzida por PCM; v) pré-tratados com EFIS (100mg/kg; v.o) antes da indução da lesão hepática induzida por PCM; vi) tratados com EFIS (50mg/kg; v.o) após a indução da lesão hepática induzida por PCM e vii) tratados com EFIS (100mg/kg; v.o) após a indução da lesão hepática induzida por PCM. Para a indução da hepatotoxicidade foi utilizado o modelo experimental de overdose de PCM (300 mg/kg; v.o.). A hepatotoxicidade foi avaliada através de ensaios bioquímicos (determinação dos níveis séricos das enzimas, AST, ALT e ALP e da quantificação das enzimas antioxidantes, SOD, CAT e concentração de grupos Tióis no tecido hepático e análises histomorfométricas do tecido hepático dos animais. A atividade antioxidante do EFIS (62,5 - 1000 μg/mL) também foi avaliada pelo método de varredura dos radicais livres (DPPH). Os resultados mostraram que a administração do EFIS pré-tratamento ou pós-tratamento reduziu significativamente (p<0,001) os níveis séricos de AST, ALT e ALP quando comparados ao grupo com lesão hepática. Em relação as enzimas antioxidantes, a atividade da SOD e da CAT foi significativamente reduzida (p<0,05) no grupo com lesão hepática em relação ao grupo sadio. No grupo submetido ao pós-tratamento com EFIS (100 mg/kg; v.o.), a recuperação da atividade da SOD e CAT foi de forma dose-dependente e semelhante àquela observada no grupo tratado com silimarina. A concentração de grupos tióis também foi significantemente aumentada (p<0,001), de forma dose-dependente, nos animais submetidos ao pré ou pós-tratamento com EFIS. Os resultados referentes às análises histopatológicas, no tecido hepático dos animais sadios mostra uma arquitetura tecidual normal; enquanto que o tecido hepático dos animais com lesão hepática apresentou visível alterações nessas estruturas. Em contrapartida, os grupos submetidos ao tratamento com silimarina ou àqueles pré ou pós-tratados com EFIS apresentaram melhora na histoarquitetura do tecido hepático. Em relação à análise histomoformétrica, as áreas e perímetros dos núcleos dos hepatócitos e diâmetros dos sinusoides hepáticos tratados com EFIS mostraram-se semelhantes aos do grupo tratado com silimarina. Adicionalmente, através do método de captura do radical livre DPPH, o EFIS apresentou uma atividade antioxidante concentração-dependente, apresentando-se como um bom limpador de radicais livres na concentração de 1000 μg/ mL (71,84%). Finalmente, conclui-se que o pré-tratamento ou pós-tratamento com EFIS: 1) promove redução nos níveis séricos de importantes biomarcadores de dano hepático (AST, ALT e ALP); 2) restaura a atividade das enzimas antioxidantes SOD e CAT e dos grupos tióis, e 3) atenua sensivelmente o dano no tecido hepático induzido pelo PCM. |