Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Pereira, Dewson Rocha |
Orientador(a): |
Lima, Vera Lúcia de Menezes |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/13261
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Resumo: |
Lectinas são proteínas de origem não imune que se ligam de forma reversível e não covalente a carboidratos e glicoconjugados. A espécie Indigofera suffruticosa Mill., encontrada na região do Semi-Árido Pernambucano, é utilizada popularmente como antiespasmódico, sedativo, diurético e purgativo. O objetivo deste estudo foi isolar, caracterizar e avaliar o potencial biológico de uma proteína de I. suffruticosa. Uma proteína de folhas de I. suffruticosa foi obtida por cromatografia de afinidade em coluna de quitina e demonstrou ser uma glicoproteína ácida com massa molecular de 35 kDa e 3,6 % de carboidratos neutros. Esta proteína apresentou maior atividade hemaglutinante específica para eritrócitos humanos do tipo A e foi inibida por glicoproteínas e monossacarídeos, demonstrando ser uma lectina que foi denominada IsuLL. Sua atividade hemaglutinante foi estável na faixa de pH entre 6,5 a 7,0, termoresistente e não foi alterada por cations divalentes. A espectroscopia de infravermelho revelou que IsuLL possui um maior percentual de estruturas do tipo folhas . Espectroscopia de fluorescência intrínseca e extrínseca da estrutura molecular de IsuLL demonstrou a presença de resíduos triptófano e tirosina expostos na superfície da molécula e regiões hidrofóbicas parcialmente internalizadas. A estrutura de IsuLL revelou alta estabilidade térmica (T=200 ºC), avaliada pela curva de Termogravimetria. Esta lectina demonstrou atividade antioxidante (52 %) pela redução do radical DPPH . IsuLL foi tóxica para larvas de Artemia salina com CL50 de 207.87±2 μg/mL, indicando toxicidade ambiental moderada e não reduziu, significativamente, a proliferação celular das linhagens humanas de nasofaringe (HeLa) e leucêmicas (KG1). IsuLL inibiu o crescimento de Candida albicans (MIC=64 μg mL-1), C. tropicalis (MIC=16 μg.ml-1) e C. krusei (MIC=8 μg mL-1) e Staphylococcus aureus (MIC=15 μg mL-1). O estudo do efeito de IsuLL sobre S. aureus revelou modificação na parede celular, utilizando técnicas de Microscopia Eletrônica de Transmissão, captação do cristal violeta e liberação de material genético. A associação de IsuLL com antibióticos (ampicilina e cifoxitina) foi sinérgica contra S. aureus. Os resultados indicam que IsuLL, isolada de folhas de I. suffruticosa, é uma nova lectina de estrutura estável com atividade antimicrobiana e antioxidante, de potencial aplicação biotecnológica. |